A diretoria do Sinpol-DF convoca a todos policiais civis para participar nesta quinta, 21, das 9h às 11h, de uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti. Lá, o governador Rodrigo Rollemberg, acompanhado por outras autoridades e políticos, vai assinar o decreto que cria, oficialmente, a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes contra pessoa Idosa e de Intolerância.
Desde que foi anunciada, em dezembro passado, a criação dessa nova delegacia foi questionada pelo Sindicato. Não pela medida em si, considerada louvável, mas, sobretudo, porque é de conhecimento público que a Polícia Civil do Distrito Federal passa pela pior crise de recursos humanos de todos os tempos.
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Não é razoável criar mais uma unidade para que ela seja apenas mais um prédio vazio; muito menos enquanto outras delegacias enfrentam problemas estruturais seríssimos: um exemplo é a 35º DP, de Sobradinho, cuja estrutura foi condenada pelo laudo de uma engenheira de Segurança do Trabalho contratada pelo Sinpol-DF.
Mais espantoso é que a Direção Geral (DG) da PCDF, mesmo ciente do déficit no efetivo e dos problemas decorrentes dele – plantões de 24h nas circunscricionais com apenas três ou quatro policiais, sobrecarga de trabalho, adoecimento dos servidores e atendimento precário – apoie, declaradamente, tal atitude. Tanto é que por meio da intranet, a DG também convocou servidores do alto para escalão comparecer à solenidade. O evento está marcado para às 9h30.
“De que serve um prédio sem policiais? De que adianta um prédio só de fachada, com uma bela placa de inauguração em mármore ou granito? Uma placa, uma viatura e um prédio não resolvem crimes complexos. Não apuram fatos delituosos que repercutem na sociedade. Não garantem a preservação do patrimônio do cidadão e das empresas, desde o aparelho celular do estudante e do trabalhador, passando pelas fraudes milionárias no sistema bancário até as explosões em caixas eletrônicos que agora cessaram, após a atuação dos policiais civis do DF”, critica Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do Sinpol-DF.
Para ele, “a preservação dos templos religiosos e o combate ao racismo no DF são questões urgentes e que já são investigadas pelas Delegacias existentes. Para isso, precisamos de mais policiais civis e não de prédios vazios”, acrescenta.
JUNTOS SOMOS FORTES!