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Diretoria cobrou celeridade nas propostas discutidas durante a greve dos policiais civis, em setembro (Fotos: Comunicação/Sinpol-DF)

Em reunião com o secretário da Segurança Pública e Paz Social do Governo de Brasília, Arthur Trindade, na tarde de terça, 27, a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) cobrou celeridade no avanço das reivindicações da categoria, conforme acordo com o governador Rodrigo Rollemberg durante a greve de 22 dias deflagrada no mês passado.

O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho, entregou ao secretário um ofício com todos os itens, a fim de formalizar a reivindicação. Além dele, participaram do encontro os vice-presidentes do sindicato, Marcele Alcântara e Renato Rincon.

Entre os pontos debatidos, está o concurso de remoções. Essa é uma pauta que não prevê qualquer impacto financeiro nas contas do Governo de Brasília, mas emperrou na mesa da Direção Geral da Polícia Civil do DF (PCDF).

“Não há motivo para não sair do papel. O diretor se comprometeu, disse que ia fazer, o governador endossou, mas isso ainda não aconteceu”, afirmou o presidente do Sinpol-DF Rodrigo Franco, o Gaúcho.

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Arthur Trindade informou que cobrará do diretor da PCDF o concurso de remoções

Trindade defendeu a questão, dizendo que irá conversar com o diretor da PCDF, Eric Seba, sobre o assunto.

CONVOCAÇÃO DOS APROVADOS

A diretoria reiterou a cobrança pela nomeação dos mais de 400 aprovados no último concurso. Rincon lembrou que os policiais formados estão ansiosos por um cronograma, pois a validade do concurso acaba em oito meses. “Eles estão em contagem regressiva. As aposentadorias  na Polícia​ têm aumentado​, agravando o déficit no efetivo​”, acrescentou Rincon.

Embora sem precisar data, Arthur Trindade afirmou estar “confiante” das convocações. “Muito em breve conseguiremos nomear todos, mas não posso precisar data”, ponderou. “Nós sabemos do prejuízo que o déficit no efetivo causa, principalmente pela sobrecarga de trabalho”, acrescentou.

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Sindicato entregou ofício para formalizar as reivindicações apresentadas na reunião

Uma das soluções para a redução do déficit, aliada à nomeação desse grupo de aprovados, segundo propôs o presidente do Sinpol-DF, é realocação dos policiais civis na área
​ ​fim, com a realização, principalmente, de um concurso de nível médio.

Durante esse tópico da conversa, houve menção ao sucateamento das delegacias, que funcionam com um número reduzido de policiais. Enquanto isso, há um número grande desenvolvendo atividades administrativas.

“Nós já apresentamos essa sugestão, formalmente, à Polícia Civil, mas há uma resistência dentro da instituição. É preciso adotar uma visão mais ampla dessa questão”, assegurou Gaúcho.

AGENTES POLICIAIS DE CUSTÓDIA

Marcele Alcântara mencionou a ação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que pede o retorno dos agentes policiais de custódia ao sistema penitenciário. Ela ressaltou que o efetivo desses servidores já está muito abaixo da demanda, sobrecarregando aqueles que atuam na carceragem da PCDF.

“Estamos trabalhando no limite das regras de segurança. Os agentes policiais de custódia que estão fazendo audiências estão tendo dificuldades até de almoçar”, alertou Marcele Alcântara.

Arthur Trindade respondeu que a situação o incomoda pessoalmente. Ele afirmou que vai analisar a ação. “Eu acredito que o processo vai fazer essa questão avançar. Eu acho que temos condições de melhorar”, completou.

TASER

Os diretores do Sinpol-DF conversaram, ainda, sobre a possibilidade de as armas não letais do tipo Taser compradas para os agentes do Detran, mas cujo uso por eles foi suspenso, serem cedidas aos policiais civis.

A ideia, conforme explicou Gaúcho, seria destinar esses equipamentos para uso pelos policiais do plantão e para diversas outras atividades da Polícia Civil.

Trindade explicou, porém, que o parecer do Tribunal de Contas do DF (TCDF) sobre a questão foi mal compreendido e que já existe outra decisao que permite, sim, o uso desses equipamentos pelos agentes do Detran. “O ideal para os policiais civis é comprar pela PCDF ou por convênio com o governo federal”, recomendou o secretário.​ “Iremos buscar essa aquisição por meio da Senasp”, acrescentou.

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