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Gaúcho convocou os policiais ativos e aposentados a permanecerem unidos (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

A greve iniciada pelos policiais civis do Distrito Federal há uma semana continua por tempo indeterminado, conforme deliberado em assembleia convocada para a tarde desta terça, 8, em frente ao Palácio do Buriti.

Além disso, por maioria dos votos os dois mil policiais que compareceram ao ato decidiram que não vão mais recolher corpos por morte natural. O serviço de emissão e entrega de carteiras de identidade, executado pelos policiais civis, também será interrompido.

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As fianças arbitradas pela Justiça também não serão mais recolhidas pelos escrivães nas delegacias. No Instituto Médico Legal (IML), a partir de agora, só serão emitidos laudos cadavéricos. As ordens de Missão (OM) que não corresponderem aos crimes mais graves serão devolvidas ou recusadas.

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Rincon defendeu o agravamento da greve caso as reinvindicações não sejam atendidas até sexta

Essas decisões exigiram uma atualização na Cartilha de Greve. As mudanças já foram realizadas pela diretoria do Sinpol-DF e a nova versão do documento está disponível para consulta.

Ficou definida a realização de uma nova assembleia na sexta, dia 11, às 14h30, também em frente ao Palácio do Buriti. A data é estratégica porque esse é o prazo final para que as negociações entre o governo federal e o funcionalismo público se encerrem.

Embora exista a informação de que a greve foi considerada ilegal pela Justiça, o Sinpol-DF não recebeu qualquer notificação judicial referente a isso.

Veja o vídeo da TV Sinpol-DF:

ENVOLVIMENTO

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Greve dos policiais civis do DF já passa de uma semana; governador ainda não recebeu a diretoria do Sinpol-DF

“Estamos em uma semana decisiva. Nosso movimento já incomoda muita gente. Nós estamos conseguindo nosso propósito com essa greve: demonstrando que a insatisfação é geral e que merecemos ser valorizados”, afirma o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho.

Com essa declaração, ele convocou os policiais – tanto ativos quanto aposentados – a permanecerem unidos e fortes na greve. Para Gaúcho, o GDF quer “empurrar com a barriga” as reivindicações dos policiais. “Nosso futuro é agora”, acrescenta.

“Estamos fazendo história. Não vamos deixar que isso passe em branco. É preciso envolvimento. Continuem trazendo os colegas. Se cada um trouxer mais dois ou três policiais, podemos transformar nosso futuro. Eu sei que todos estão cansados, mas é isso o que eles querem: que a gente desista; não vamos desistir”, reitera o presidente do Sinpol-DF.

Depois da assembleia, o grupo seguiu em caminhada até a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Lá, diversos parlamentares manifestaram-se a favor dos policiais civis.

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Depois da assembleia, os policiais civis caminharam da Praça do Buriti até a Câmara Legislativa do DF

A presidente da Casa, a deputada distrital Celina Leão, anunciou uma reunião entre os deputados distritais e a diretoria do sindicato nesta quarta, 9, às 14h30.

NEGOCIAÇÕES

O movimento grevista dos policiais civis tem adquirido contornos mais intensos à medida em que o governador Rodrigo Rollemberg permanece inerte às reivindicações da categoria.

Antes da assembleia, houve mais uma reunião entre a diretoria do Sinpol-DF, o secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, o adjunto dele, Manoel Alexandre, e o diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Eric Seba.

Caminhada  a Câmara Legislativa - Paulo Cabral (28)
Na CLDF, os deputados manifestaram apoio à categoria

O encontro terminou sem acordo porque o governador insiste, apenas, em garantir verbalmente que atenderá as reivindicações. Para Gaúcho, isso não é suficiente. “Eu não ouvi nada diretamente do governador. Ouvi do secretário e do diretor da PCDF. Só temos palavra verbalizada, assim como tivemos durante a campanha eleitoral”, pontua.

Renato Rincon, vice-presidente do Sinpol-DF, fez um discurso na mesma tônica. “Essa reunião não evoluiu em nada as negociações. Nós precisamos é de uma reestruturação na carreira. Vamos manter a greve. Se não formos atendidos, que a gente agrave o movimento”, defende.

Além das reuniões com a Secretaria (SRIS), o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) tem acompanhado a agenda do governador, a fim de reivindicar que ele sente à mesa de negociações.

Essas tentativas, porém, têm sido frustradas. “Iremos continuar acompanhando o governador até que ele nos receba formalmente. Ele precisa se envolver não só com palavras, mas com ações práticas”, cobra Gaúcho.

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