O policial aposentado Aétio Lopes Timo encontrou na pintura a tranquilidade e a realização pessoal. São essas as sensações que ele descreve ter ao traduzir com os pinceis uma cena cotidiana ou uma paisagem – como o mar, sua fonte de inspiração favorita
Para ele, os quadros vão além de ser apenas um item de decoração: são responsáveis por trazer mais alegria ao ambiente onde são expostos. “Procuro retratar na tela o que eu vejo de melhor na vida”, diz.
Mineiro, Aétio veio para Brasília com a família – pai, mãe e sete irmãos – em 1973 em busca de melhores condições de vida e para estudar. Dez anos depois, entrou na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), onde ficou até 2008.
Enquanto policial, ele passou por quatro unidades diferentes até chegar ao Instituto Médico Legal, onde ficou por 14 anos. Lá, ele chefiou o plantão e o setor de Arquivos e Protocolos. “Sinto-me muito honrado em pertencer a uma instituição como a polícia civil, onde pude trabalhar e conhecer pessoas maravilhosas que se tornaram meus amigos”, diz, nostálgico.
Ao deixar a PCDF, Aétio (que também é pastor evangélico e pai de dois filhos) logo estranhou o fim da rotina intensa à qual estava tão acostumado. Isso lhe deixou à beira da depressão. A pintura veio para ocupar as horas vagas, mas não foi uma decisão aleatória: o aposentado sempre admirou a arte e tinha muita facilidade para desenhar.
Ele se envolveu de tal maneira com a atividade que, hoje, perde a noção das horas enquanto se dedica a um quadro. “Minha mulher tem que me chamar para almoçar, por exemplo, pois quando começo a pintar não percebo o tempo passando”, revela, enquanto trabalha em um obra hiper-realista encomendada para decorar uma casa.
Aétio diz ter como inspiração naquele estilo pintores como George Pergentino e Elton Brunetti. Embora a pintura seja uma atividade realizada por mero prazer, ele costuma receber pedidos de quadros e convites para exposições – como a que realizou no Fórum de Taguatinga.
Entre uma pincelada e outra, enquanto conversava com a equipe de reportagem, ele lembrou do quanto o trabalho à polícia foi árduo, mas, nas suas palavras, “prazeroso”.
Aos novos policiais, ele manda um recado: “que possam dar continuidade no trabalho com seriedade e com muito orgulho de ser e pertencer à polícia, não fazendo disso somente mais uma profissão”, aconselha.
Os interessados em encomendar alguma obra, podem entrar em contato pelos telefones 8436-9135 e 3297-8101, ou pelo e-mail: aetiotimo@hotmail.com.
Nota da Redação: Se você é ou conhece alguém cujo talento vai além da atividade policial, entre em contato conosco para contarmos a sua história pelo e-mail imprensa@sinpoldf.com.br.
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