As atividades do Grupo de Trabalho (GT) montado para redefinir as atribuições da carreira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foram retomadas nesta terça, 14, em uma reunião entre representantes da instituição e do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).
No encontro, foi traçado um novo cronograma de reuniões onde cada data será dedicada às discussões de um dos cargos a serem redefinidos. No final, todos os relatórios serão reunidos em um único documento, que será encaminhado ao Governo do Distrito Federal (GDF) e ao Governo Federal, com vistas a edição de um projeto de lei.
Essa é uma das principais reivindicações do Sinpol-DF no caminho em direção à valorização do policial civil.
As atividades do GT haviam sido interrompidas porque a direção do sindicato discordava do número de delegados colocados pela PCDF à mesa de discussão.
O Sindicato reivindicou que o grupo fosse mais paritário, no que a Polícia Civil cedeu. Diante desse cenário e com a deliberação da categoria, o Sinpol-DF permaneceu no GT.
“Esse é um passo importante que está sendo dado. O que vamos discutir aqui resultará na atualização e modernização das atribuições da carreira de policial civil do DF, o que tende a valorizar o nosso trabalho”, explica o presidente do Sinpol-DF Rodrigo Franco, o Gaúcho.
Ele acrescenta que a redefinição é necessária porque muitas das atividades que os policiais exercem na prática, são diferentes do que está previsto no Regimento Interno da PCDF.
“Hoje as atribuições não correspondem à realidade, que são atividades complexas. A gente quer transportar o que está na prática para a normatização, para a forma legal”, diz Gaúcho.
CATEGORIAS
No novo cronograma, ficou definido que a próxima reunião, marcada para 6 de agosto, discutirá a carreira dos agentes policiais de custódia. No dia 13 de agosto, será a vez dos peritos criminais e dos papiloscopistas.
Em 20 de agosto, os agentes de polícia e, por fim, no dia 27 de agosto, a discussão ocorrerá em torno do cargo de escrivão. Já no dia 3 de setembro, haverá a última reunião para a elaboração do relatório final.
O cargo de médico legista já havia sido discutido antes daquela interrupção dos trabalhos do GT.
Em cada reunião, os representantes de cada cargo apresentam a proposta de redefinição levantada junto à categoria. O GT discute em cima da proposta, fazendo os ajustes, caso eles sejam necessários.
Conforme acordado durante a elaboração do GT, o Sinpol-DF tem seis representantes: Gaúcho e Fernando Ferreira, o Fernandão, diretor de Relações Sindicais Adjunto, representam os agentes de polícia; o diretor de Informática do sindicato, Saulandre Morais, é o representante dos escrivães da PCDF; Celma Lima, primeira secretária do Sinpol-DF, é a representante dos papiloscopistas. Arthur Svidzinski, diretor de Polícias Sindicais, representa os peritos criminais; Marcele Alcântara, segunda vice-presidente do Sinpol-DF, é a representante dos agentes policiais de custódia e Aurea Cherulli, diretora médica adjunta do sindicato, representa os médicos legistas.
VALORIZAÇÃO
“A modificação vai fazer diferença na valorização dos servidores. A proposta apresentada por cada categoria é que vai ditar o que muda na realidade de cada um. Se a gente analisar a primeira já elaborada, dos médicos legistas, dá para ter uma noção de como vai ser”, ponderou Marcelo Eustáquio, presidente do GT.
A segunda vice-presidente do Sinpol-DF, Marcele Alcântara, também defendeu a mudança nas atribuições dos cargos citando o histórico em torno da mudança no cargo de agente policial de custódia, categoria que ela representa no sindicato e no GT.
“Foi quando readequamos as nossas atribuições, lá atrás, que abrimos o caminho para a mudança do nome. Estamos colocando no papel, efetivamente, o que fazemos. Se a gente conseguir, futuramente, colocar isso na lei federal, excelente. Mas já estamos seguindo o caminho certo”, declara.
JUNTOS SOMOS FORTES!