Nesta terça-feira, 30, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) discutiu com a categoria o vencimento do contrato do plano de saúde disponibilizado para filiados e dependentes. Na assembleia, realizada no clube da Agepol, a categoria acatou o reajuste de 16,29% e a renovação do contrato por mais um ano com a operadora Amil – que presta o serviço para o sindicato desde 2009.
Renato Santos, diretor Médico do Sinpol-DF, explicou que a estimativa de reajuste dos planos de saúde coletivos no Distrito Federal, para o mês de julho, ficou entre 20 e 30% de aumento.
O Sinpol-DF, no entanto, negociou a partir da comparação dos valores com a tabela de reajuste para planos individuais estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O índice, que este ano foi de 13,55%, é composto pela variação da frequência de utilização de serviços, da incorporação de novas tecnologias e procedimentos e pela variação dos custos de saúde. Veja aqui a tabela da ANS.
Diante desses parâmetros, o objetivo do sindicato era alcançar valores menores do que os do mercado, chegando o mais próximo possível das porcentagens de reajuste da tabela da ANS. Assim, não acatou a primeira proposta da Amil, de aumento de 20,18%, e negociou até atingir um valor final reduzido em cerca de 4%.
PROPOSTAS
Para além de deliberar sobre o resultado das negociações por um reajuste menor, a intenção do sindicato era apresentar ainda propostas de outras operadoras de planos de saúde. No entanto, não houve interesse por parte delas.
“Desde o fim do ano passado a diretoria começou a buscar por propostas de outras empresas. Infelizmente, não recebemos nada”, disse o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho. Ele destacou ainda a prática das grandes operadoras de planos de saúde de Brasília que dividem o mercado entre si, mantendo os preços em patamares sempre elevados.
SUBSÍDIO PÚBLICO
O agente de polícia aposentado Antônio Mendes Gouveia, 78, destacou a necessidade de mobilização da categoria e do sindicato para que, no futuro, a saúde do policial civil seja totalmente custeada pelo Estado. “Enxergo que, até o momento, só a nossa classe não recebeu um plano de saúde adequado. Temos que reivindicar isso junto ao governo. Nós só queremos os mesmos direitos”.
Gaúcho lembrou que o governo não tem dispensado atenção suficiente à saúde da categoria, mas que o Sinpol-DF luta pela conquista de um subsídio público, a exemplo dos que recebem outras carreiras. “Não abrimos mão de um atendimento de saúde bancado pelo governo”, destacou o presidente do sindicato.
“Nós já apresentamos uma proposta para que a polícia entre para o plano de saúde da Geap, que atende grande parte dos servidores do executivo federal, mas o governo ainda não respondeu”, acrescentou Gaúcho.
Por fim, o diretor médico do Sinpol-DF explicou que, em breve, o sindicato vai divulgar o período para incluir os dependentes e novos filiados no plano de saúde. Renato Santos adiantou, porém, que o processo deve acontecer a partir de agosto e durar cerca de 60 dias após a renovação do contrato.
Confira na íntegra os valores dos planos 130 e 140 reajustados.
JUNTOS SOMOS FORTES!