Os cerca de 180 agentes policiais de custódia que foram reintegrados à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) serão lotados na Divisão de Capturas e Polícia Interestaduais (DCPI) e na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP).
A informação foi repassada à categoria na tarde desta sexta, 3 de julho, pelo diretor-geral da PCDF, Eric Seba, em reunião da qual participaram representantes das diretorias do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) e da Associação dos Agentes Policiais de Custódia (AAPC).
O encontro ocorreu na sede do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
Na segunda-feira, 29 de junho, quando os ofícios de apresentação dos agentes começaram a ser entregues pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), Eric, em reunião com a diretoria do Sinpol-DF, havia indicado a possibilidade de 150 agentes seriam incorporados àquelas duas unidades e outros 30 iriam para a DPE fazer a custódia de adolescentes apreendidos.
DISTRIBUIÇÃO
Eric Seba acrescentou que será preciso elaborar um mapa de distribuição dos agentes policiais de custódia nas unidades. Para isso, porém, deve se estabelecer um canal de comunicação entre eles e a Polícia, a fim de definir a situação de cada um. “Existem algumas limitações, mas a gente quer fazer o melhor. Eu quero ouvir o pessoal; abrir esse link para a gente saber o que fazer, no prazo mais curto possível”, frisou.
O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho, voltou a dizer que a posição do sindicato sempre foi uma: o cumprimento da lei de maneira integral. “Não houve qualquer acordo com o governo, ao contrário do que andam dizendo. A volta de vocês para a PCDF já foi uma grande vitória”, disse.
Gaúcho também mencionou a importância do diálogo com os agentes a fim de resolver a questão relacionada ao destino da categoria dentro da Polícia Civil. “Há espaço e necessidade na PCDF por cada um de vocês. O Sinpol está disposto a construir uma saída. O que vocês têm a fazer, tem que ser na Polícia Civil. Mas quem vai chancelar é a categoria”, ponderou.
ATRIBUIÇÕES
Marcelle Alcântara, segunda vice-presidente do sindicato e agente de custódia, lembrou da trajetória em busca da reintegração dos agentes à Polícia Civil. “Estamos renascendo na Polícia. Temos que continuar caminhando. Mas não aceitamos continuar com atribuições do sistema penitenciário”, afirmou.
Segundo Marcelle, a participação no Grupo de Trabalho (GT) criado para redefinir as atribuições da carreira da PCDF permitirá avanços aos agentes policiais de custódia. “Vamos discutir nossas atribuições e equacionar avanços para a categoria”, acrescentou.
O presidente da AAPC, Alexandre Morais, também tocou na questão das atribuições e da necessidade de todos os agentes continuarem lutando pela redistribuição em todas as unidades da Polícia Civil.
HOMENAGEM
Antes dos debates em torno da situação dos agentes policiais de custódia na PCDF, todos os que estavam no auditório da DPE prestaram uma homenagem ao agente de polícia civil Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, que morreu após um acidente durante uma competição de mountain bike nos Estados Unidos, onde ele participava dos Jogos Mundiais de Policias e Bombeiros.