Na manhã desta segunda-feira, 1, um policial civil foi assassinado dentro da delegacia onde trabalhava, no município de Itabaiana, em Sergipe. Segundo os veículos de imprensa locais, no momento do crime, Luís Carlos dos Santos registrava a ocorrência de um suspeito de homicídio encaminhado à delegacia pela Polícia Militar e estava só no plantão.
A informação é de que um parente, exigindo a libertação do criminoso, invadiu o prédio e atirou contra o policial civil. Luís Carlos foi alvejado com dois tiros, que atingiram o abdômen e a boca, e acabou morrendo no local. O homem suspeito de ter assassinado o policial foi encontrado ainda durante a manhã e, em troca de tiros com a polícia, acabou sendo morto.
De maneira trágica, o caso em Sergipe expõe como é real a relação entre o baixo efetivo e o risco à vida dos policiais e dos cidadãos, situação frequentemente denunciada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF). Com o maior déficit no quadro dos últimos vinte anos, a categoria enxerga a iminência de crimes semelhantes também na capital federal.
O mesmo risco foi evidenciado neste domingo, 31, na 26ª Delegacia de Polícia (DP), em Samambaia Norte, quando apenas dois agentes trabalhavam no plantão. A situação levou o Sinpol-DF a fechar unidade, até que o número de policiais no local estivesse de acordo com a estabelecido pela Operação Vida.
Em vigor desde o último dia 21, em todo o Distrito Federal, a iniciativa, também conhecida como operação padrão, estabelece, entre outros pontos, que as delegacias permaneçam sempre com, ao menos, três policiais no balcão e que diligências sejam realizadas com o mínimo de três policiais nas viaturas. Trata-se de uma questão de segurança para os policiais e a comunidade.