A população brasiliense pode conhecer melhor o trabalho dos papiloscopistas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por meio da exposição “Perícia papiloscópica: solução de crimes”, que ficou em cartaz nos dias 15 a 18 de julho, na Câmara Legislativa do DF.
A exposição foi montada para mostrar à sociedade como o cidadão pode ser beneficiado pelo trabalho dos papiloscopistas, por meio de uma parceria entre a Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp) e o Instituto de Identificação (II) da PCDF.
Foram montados estandes abordando temas como a necropapiloscopia, perícia prosopográfica e produção de retratos-falados. Um laboratório que desvendava as digitais com pó magnético foi reproduzido no local, promovendo até simulação de uma cena de crime ao vivo.
“Além de expor as áreas do Instituto de Identificação, resolvemos inovar e trazer coisas como a simulação da cena de crime”, conta Fabíola Cruz, papiloscopista e vice-presidente da Asbrapp.
SIMULAÇÃO
Durante a simulação, a papiloscopista Gisele Dias mostrou aos visitantes atentos como funciona a coleta de material e apresentou algumas das técnicas usadas para detecção de vestígios papilares que normalmente são utilizadas no dia-a-dia pelos policiais, em cenas de crimes reais. Gisele explicou que cada material precisa ser tratado de forma específica, com um reagente ou técnica diferente.
Diante do público satisfeito, Fabíola conta que a intenção é que eventos como esse sejam realizados com mais frequência e atraiam cada vez mais pessoas. Dessa vez, ela se disse surpreendida pela quantidade de estudantes das mais diversas áreas que se interessaram e visitaram a exposição.
É o caso do estudante David Valença, de 21 anos. David recebeu o convite de uma colega que iria participar do evento e resolveu conhecer mais sobre a área com a qual ele nunca havia tido contato. “Vim por indicação de amigos e estou aprendendo muitas coisas novas”, conta.
Já as estudantes de Ciências Biológicas Paula Darliny, 22, e Vívian Nogueira, 21, foram convidadas por um professor e perito papiloscopista para participar como monitoras do evento.
ANÁLISES
No estante de simulação, Paula e Vívian auxiliavam Gisele e ensinavam aos visitantes como eram feitas as análises de vestígios encontrados em uma cena de crime, como usar o sistema AFIS e as diferenças entre os tipos de impressões digitais.
As estudantes participam de iniciação científica na área de papiloscopia e aproveitaram a oportunidade para unir a teoria que aprendem na faculdade com a prática vivenciada na exposição. “Aqui você consegue ter uma vivência maior e imaginar como seria realmente atuar como um profissional da área”, diz Paula.
Para Vívian, além de uma possível profissão, a exposição tem a importância de mostrar como o trabalho do papiloscopista tem impacto na vida das pessoas. “A análise dos objetos da cena do crime pode impedir que uma pessoa seja presa por um crime que ela não cometeu e isso é quase como salvar uma vida”, lembra.
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