Para apresentar as contas do exercício de maio de 2014 a abril de 2015, o Sindicato dos Policiais do Distrito Federal (Sinpol-DF) convocou a categoria para Assembleia Ordinária de Prestação de Contas nesta quinta-feira, 28. Mas a adesão dos policiais, ao contrário do esperado, foi muito baixa.
Primeiro a se manifestar, Paulo Roberto Sousa, 1º secretário do Sinpol-DF, explicou que horário da assembleia de prestação de contas, que costumeiramente acontecia pela manhã, foi mudado para o período da tarde para que mais policiais pudessem participar. Mesmo assim, poucos compareceram.
Segundo ele, por sua importância, a assembleia de prestação de contas deveria mobilizar toda a categoria. “Precisamos da participação de todos, especialmente nessa assembleia de prestação de contas, que informa à categoria como seu dinheiro está sendo gasto. Esse auditório deveria estar lotado, repleto de policiais”, disse.
APROVAÇÃO DA DIRETORIA
O presidente do sindicato, Rodrigo Franco, o Gaúcho, também se manifestou sobre o número pequeno de participantes. Segundo ele, a ausência pode também ser considerada positiva, já que demonstra a credibilidade dos policiais na diretoria.
Ainda assim, ele considera o comparecimento a essas reuniões fundamental. “A gente precisa que o policial participe das assembleias; de todas elas. A de prestação de contas, mais ainda, porque é a oportunidade de os policiais saberem como a contribuição deles está sendo gasta”, afirmou.
Agente de polícia aposentado há mais de 20 anos e frequentador assíduo das assembleias do Sinpol, Divino Alves Alvim, 77, enxerga a participação como um dever do sindicalizado. Alvim, que recentemente sofreu por um infarto e passou por cirurgias delicadas, nem assim deixa de atender aos chamados do sindicato. “Sempre que recebo a comunicação de qualquer atividade do sindicato, eu compareço”, relata.
UNIÃO DOS POLICIAIS
Direito garantido por lei, a participação nas assembleias é livre e não pode ser impedida por nenhum supervisor. Além disso, o sindicato tem se empenhado cada vez mais para comunicar bem aos sindicalizados sobre as atividades que promove. “Informação há. O que precisa mudar um pouco é a mentalidade do policial”, afirma o agente de polícia José Maria de Oliveira Mendes, o Mendes, 48, que está há 20 anos na PCDF.
Para ele, que sempre frequenta as assembleias, a baixa presença dos policiais, em especial em uma assembleia de prestação de contas, demonstra o grau de maturidade política da categoria, que precisa se manter unida. “Para sustentarmos a imagem de uma categoria unida e exemplo não só no DF, mas em todo o Brasil, precisamos participar”, chama a atenção Mendes.
Por mais que a baixa participação possa ser interpretada como uma aprovação do trabalho realizado pela atual diretoria, ao não participar, o policial perde embasamento e tem menos ferramentas para cobrar, criticar e sugerir ações ao sindicato.
“Pode ser que os policiais tenham confiança na diretoria e por isso compareçam mais em outras ocasiões, e não nessas reuniões de prestação de contas. É mais cômodo receber a informação de casa, mas isso não é o ideal”, diz Alvim.
Com as contas aprovadas por unanimidade, para Mendes, a assembleia correspondeu às expectativas. “O trabalho está no caminho certo. Críticas podem existir, mas vejo que há transparência no sindicato, coisa que não havia antes” destaca.
JUNTOS SOMOS FORTES!