Do G1-DF

Quase 41% do efetivo da Polícia Civil do Distrito Federal precisou se afastar das atividades por conta da Covid-19, em 2020. É o que aponta um levantamento feito pelo Monitor da Violência, projeto do G1 que traz dados sobre segurança pública.

De acordo com a pesquisa, de um efetivo de 3.902 servidores, 1.593 deixaram as atividades temporariamente por conta da doença. Na Polícia Militar, o índice foi menor: 16,22%. Dos 9.777 PMs, 1.596 foram atingidos pela pandemia no ano passado.

O levantamento também aponta que, em 2020, 16 policiais militares morreram vítimas da Covid-19. Na Polícia Civil, foram dois óbitos. Neste ano, no entanto, o número já aumentou em ambas as corporações.

Em março, durante um período de dez dias, dez PMs faleceram por conta do novo coronavírus. Já neste mês, entre os dias 10 e 11 de abril, dois policiais civis da ativa morreram em menos de 24 horas.

Segundo boletim da Secretaria de Saúde do DF, do início da pandemia até a noite de quinta-feira (22), 50 profissionais de segurança pública tinham morrido pelo novo coronavírus no DF. O número representa 2% do total de óbitos na capital.

Vacinação

Por conta do risco e exposição ao vírus, trabalhadores de segurança estão entre os grupos prioritários para vacinação no DF. Desde o início do mês, esses profissionais estão autorizados a tomar as sobras de imunizantes nos postos da capital, a chamada “xepa” da vacina.

Nesse caso, têm prioridade aqueles que atuam “na linha de frente”, como segurança nos postos e escolta dos imunizantes. Há unidades específicas para aplicação das doses em cada categoria (veja lista ao fim da reportagem).

Além disso, o Ministério da Saúde tem enviado doses específicas para esses profissionais. A SES organiza o agendamento da vacinação, de acordo com uma lista de beneficiários enviada pelos órgãos. Nesta semana, o DF deve receber mais de 46,5 mil doses, mas o governo local ainda não informou se parte delas será disponibilizada aos trabalhadores de segurança.

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