Com informações do G1 DF
Cinco pessoas foram presas, na manhã desta segunda-feira (25), durante a segunda fase da operação Sentinela, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal. O grupo é suspeito de roubo a cofres de agências na Bahia, Amazonas, em Goiás e Santa Catarina.
O empresário José Carlos Lacerda Leite, apontado pela investigação como o “mentor da série de roubos”, estava foragido até a publicação desta reportagem.
Conhecido como “Carlinhos”, o empresário é dono de um lava jato em Águas Claras, que funciona há 12 anos na região. De acordo com a polícia, o estabelecimento está em nome de um “laranja” e seria usado para a lavagem de dinheiro. O G1 não localizou a defesa do investigado.
Durante a força-tarefa, os agentes cumpriram mandados judiciais na casa de José Carlos, também em Águas Claras, e no lava jato, para a busca por provas. O suspeito já foi preso cinco vezes desde 2009 e cumpria prisão domiciliar.
Segundo o delegado Fernando Cocito, que investiga o caso, entre os detidos nesta segunda (25) estão o filho de José Carlos, outras três pessoas que cediam os nomes para o registro de empresas, além de um arrombador de cofres, que foi detido em Santa Catarina e trazido no avião da Polícia Civil para Brasília. As identidades dos investigados não foram informadas.
Investigações
De acordo com as investigações, o grupo atuava há pelo menos dois anos e, nos últimos meses teria causado um prejuízo estimado de quase R$ 3 milhões.
Durante a ação, os ladrões desativavam os sistemas de alarme de segurança dos cofres. Entre novembro de 2019 e abril deste ano, os roubos foram praticados nos municípios de Teixeira de Freitas (BA), em Joinville (SC) e em Anápolis (GO).
Crimes
O primeiro roubo identificado pela polícia ocorreu em uma agência de Teixeira de Freitas, na Bahia. Os suspeitos entraram no terminal usando furadeiras, picaretas e alicates e levaram R$ 1 milhão do cofre. Três dias depois, parte dos ladrões foi presa no aeroporto de Porto Seguro com R$ 760 mil em uma mala.
No dia 24 de abril, criminosos também agiram na Zona Industrial Tupy, em Joinville (SC), mas a polícia conseguiu chegar a tempo e prender três deles. Um suspeito morreu durante o confronto.
No dia seguinte, mais uma agência bancária foi arrombada, desta vez, em Anápolis (GO). O grupo levou R$ 924 mil reais dos cofres, segundo a PCDF.