A segunda fase da Operação Apate, deflagrada pela Polícia Civil (PCDF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), descobriu novo patamar no esquema de fraudes cometidas dentro da Companhia Energética de Brasília (CEB). Um dos servidores, alvo de prisão temporária, era o responsável pelo Centro de Operações do órgão.
O arranjo já durava 10 anos e causou prejuízo aproximado de R$ 20 milhões à companhia, em apenas quatro meses. Os envolvidos cobravam propina de 10%.
O servidor do Centro de Operações tinha acesso aos dados cadastrais e fazia alterações de titularidade de forma irregular, mediante pagamento de usuários. Outro investigado, que também foi preso, desviava materiais do almoxarifado. Objetos como medidores, lacres e uniformes estavam na casa dele. Tudo isso dava um ar de “legalidade” ao esquema.
Segundo a Polícia Civil, ao menos 25 pessoas são suspeitas de cometer as fraudes. “Vamos apurar se há participação de mais servidores assim como as suas respectivas funções”, acrescentou o delegado da Draco Jean Felipe Mendes.