A Coordenação de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) da Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Crassus, que tem como alvo um grupo empresarial acusado de fraudar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). São cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO). As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Brasília.
De acordo com os investigadores da Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dicot), unidade da Cecor responsável pelo inquérito, o grupo Nova Rede Automotiva, do mercado de peças automotivas, seria responsável por um prejuízo de aproximadamente R$ 50 milhões.
Funcionários e diretores da empresa são acusados de enganar a fiscalização tributária por meio de omissão de informações, declarações de dados e documentos falsos. Os indícios são de organização criminosa e lavagem de dinheiro. A parte patrimonial da empresa também era colocada no nome de laranjas.
Segundo o delegado Ricardo Gurgel, diretor da Dicot, o modus operandi do grupo consistia em desconstituir empresas “estouradas”, com muitas dívidas. “Elas abriam novas firmas por meio de laranjas e testas de ferro, tudo com o objetivo de blindar o patrimônio familiar. Utilizavam essas pessoas que emprestam seus nomes e que não possuem bens ou rendas suficientes, de forma que, em caso de uma eventual execução fiscal, não haja nada a ser penhorado, frustrando a possibilidade da fazenda pública adimplir o crédito”, explicou o policial.