Do G1 DF
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou o cozinheiro Marinésio Olinto, de 41 anos, em mais um caso de feminicídio. De acordo com a PCDF, o inquérito que apurava a morte da empregada doméstica Genir Pereira de Sousa, de 47 anos, foi concluído nesta quinta-feira (3) e encaminhado ao Ministério Público do DF.
Com a conclusão das investigações, sobe para 26 o número de feminicídios registrados no DF em 2019. No mês passado, Marinésio foi denunciado pelo assassinato da funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos.
O inquérito foi concluído pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), que também indiciou o cozinheiro pelo crime de ocultação de cadáver, no caso de Genir.
Outras duas apurações de estupro contra Marinésio que eram investigadas na delegacia também foram finalizadas. Em uma delas, ele foi indiciado. Na outra, não houve acusação.
‘Maníaco’
Chamado de “maníaco em série” por investigadores, Marinésio Olinto foi acusado de, pelo menos, 10 casos de abuso sexual.
As vítimas que registraram ocorrência são mulheres, com idades entre 17 e 50 anos. O caso mais antigo teria acontecido em 2013, quando uma vítima foi estuprada em Sobradinho.
As investigações sobre sete dessas denúncias já foram concluídas pela 31ª Delegacia de Policia (Planaltina) e encaminhadas ao Ministério Público. Marinésio está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Caso Genir
O cozinheiro confessou ter matado Genir Pereira de Souza após ser preso pelo assassinato da funcionária do MEC Letícia Sousa Curado Melo.
O corpo de Genir foi localizado em uma região entre Planaltina e o Paranoá no dia 12 de julho, dez dias após seu desaparecimento. Ela foi vista pela última vez enquanto caminhava até uma parada de ônibus.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que a empregada doméstica deixou a casa da patroa, no Paranoá. Desde então, ela não foi mais vista.
A dona da casa onde Genir trabalhava foi quem comunicou o sumiço da mulher. Segundo a empresária, em 15 anos de trabalho, ela nunca havia faltado sem avisar.
Caso Letícia Curado
O primeiro caso pelo qual Marinésio responde na Justiça é a morte da Letícia Curado. No mês passado, o Ministério Público o denunciou pelos crimes de:
Homicídio quintuplamente qualificado (feminicídio, motivo torpe, meio cruel, dissimulação e crime praticado para assegurar impunidade de outro crime)
Tentativa de estupro
Furto
Ocultação de cadáver
O corpo de Letícia foi encontrado em 26 de agosto, três dias após seu desaparecimento. A funcionária do MEC havia saído de casa, em Sobradinho, para ir ao trabalho. Porém não foi mais vista.
A Polícia Civil encontrou objetos da vítima no carro de Marinésio e ele confessou o crime, assim como o assassinato de Genir Pereira de Souza.