Do Metrópoles

Policiais civis cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em bancas da Feira dos Importados, localizada no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), na manhã desta quinta-feira (21/3). A ação, que teve como objetivo coibir a venda de celulares roubados, prendeu dois comerciantes e recolheu 200 aparelhos.

Os presos foram identificados como Weslei Rodrigues Sousa, 24 anos, e Hudson Pereira Santos, 37. Os dois responderão por receptação qualificada e crime contra a propriedade industrial. Hudson, inclusive, já tem uma passagem na polícia em 2016 por ameaça e desacato.

Milhares de acessórios de celular falsificados também foram apreendidos. Capinhas, fones de ouvido, carregadores e cabos USB estão entre as peças. Os policiais recolheram ainda baterias com selos falsos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O que mais chamou a atenção dos investigadores, no entanto, foram os mais de 20 aparelhos de reprogramação de Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI) encontrados. “Eles alteram a memória do celular e trocam o número de IMEI do aparelho. Isso significa que o bloqueio feito junto à Anatel é desfeito e o telefone furtado pode ser vendido novamente”, afirma o delegado da 8ª DP, Rodrigo Bonach.

R$ 55 mil encontrados

Os policiais também acharam R$ 55 mil reais. A quantia estava dentro da banca de um chinês, que não explicou o motivo pelo qual guardava tantas cédulas no local. O dinheiro foi recolhido e o dono da banca será indiciado. De acordo com a PCDF, o valor teria como destino a cidade de São Paulo e, provavelmente, serviria para lavagem de dinheiro ou evasão de divisas. A operação teve o apoio de agentes de outras delegacias circunscricionais.

Outras ações

Desde o início do ano, a Polícia Civil tem feito sucessivas operações com foco em roubo, furto e venda de celulares na capital federal. Em 26 de fevereiro, a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) apreendeu 200 aparelhos durante uma operação.

Os celulares estavam em quatro bancas da Feira dos Importados e em residências de Ceilândia. Os suspeitos teriam furtado os aparelhos em Taguatinga. Quatro pessoas acabaram presas em flagrante, duas por receptação qualificada e outras duas por receptação simples.

No dia seguinte, policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) prenderam integrantes de duas organizações criminosas que atuam no Distrito Federal e em outros estados, como receptadores de celulares furtados e roubados.

De acordo com informações do delegado Fernando Cocito, da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), 13 alvos foram identificados. A maioria dos integrantes das quadrilhas age em Ceilândia. Um mandado também será cumprido em Pernambuco.

A investigação teve início no final de 2018, mas ganhou um novo impulso neste ano. Ao todo, foram apreendidos R$ 12 mil, nove veículos, duas televisões e mais de 50 celulares. Dos 13 presos, 12 são do DF e um de Pernambuco. Os suspeitos responderão pelos crimes de organização criminosa, receptação e receptação qualificada, que podem resultar em mais de 10 anos de prisão.

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