O ministro-coordenador de transição do governo Jair Bolsonaro (PSL), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou nesta segunda-feira (3) que a reforma da Previdência não sairá do papel necessariamente em 2019. Segundo Lorenzoni, Bolsonaro terá mais tempo, e não precisará aprovar uma reforma “no afogadilho”.
“Queremos uma solução de longo prazo”, disse o futuro chefe da Casa Civil no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde atua a equipe de transição.
Lorenzoni diz que “não há tempo hábil” para o futuro governo tentar, ainda em 2018, impulsionar grandes temas para votação no Congresso. “Estamos entrando na penúltima semana, considerando que a partir do dia 15 os esforços estarão no orçamento”, reconheceu.
O futuro governo já trabalha com a probabilidade de que questões como a cessão onerosa do petróleo e a autonomia do Banco Central, por exemplo, fiquem para 2019.
Relação com o Legislativo
Lorenzoni voltou a afirmar que Bolsonaro não trabalhará com o “toma-lá-dá-cá” e que um parlamentar “será considerado da base se ao longo das votações for se mostrando ao lado do governo”.
A base do governo, segundo cálculos de Lorenzoni, reunirá entre 330 e 350 deputados e terá acima de 40 senadores.
Já a Casa Civil terá à disposição, ainda de acordo com o ministro, dois “times de ex-parlamentares”, um para dialogar com a Câmara e outro com o Senado.