Um casal foi preso suspeito de envolvimento na execução do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, de 37 anos, ocorrida no dia 6 de março, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. O homem de 53 anos e a mulher dele, de 29, foram flagrados com armas, no Paraguai, na tarde dessa segunda-feira (26).
Durante as investigações, foram apreendidos aparelhos celulares, um carro de luxo e uma pistola 9 milímetros. As informações são do G1. Segundo a publicação, durante as buscas, a força tarefa apreendeu um arsenal de armas e prendeu um policial militar da reserva, por suspeitas de envolvimento na morte de Wescley.
A polícia ainda procura por um outro suspeito: Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como minotauro. A informação até o momento é de que ele estaria no Paraguai e usando o nome falso de Celso Mateus Espíndola. O traficante Jorge Rafaat, que era investigado por Wescley, também é suspeito de envolvimento no caso.
O CRIME
O policial civil de Brasília era lotado em Ponta Porã e foi executado com 30 tiros de fuzil, ao ser vítima de uma emboscada. Wescley morava a cerca de 600 metros da delegacia. Segundo a polícia, o rapaz havia saído do trabalho em uma viatura descaracterizada, junto com uma estagiária, para pegar algo em casa e, no caminho, foi baleado. Wescley morreu na hora. A garota foi atingida com um tiro de raspão.
O policial formou no final de 2014 e, logo em seguida, foi transferido para a região da fronteira. Antes, o servidor trabalhou na Bahia durante seis anos como policial militar. Wescley Vasconcelos era tratado pelos colegas com unanimidade pela excelência com que conduzia o serviço. Desde o dia do crime, policiais de Campo Grande e Ponta Porã realizam uma força-tarefa na busca pelos autores.
O carro em que o policial estava ficou com marcas de tiros de fuzil Ak-47, que é de fabricação russa. A polícia entende que isso demonstra o alto grau de profissionalismo dos criminosos, porque houve grande quantidade de disparos e praticamente só acertaram o policial, que era o alvo.
‘HERÓI’
Ao Jornal de Brasília, Cátia Abreu, tia de Wescley, afirmou que o sentimento da família não é de revolta, mas de muita dor. “Dor porque perdemos um herói. Ele não é só nosso herói, mas herói do país inteiro. Ele morreu em nome de todos os policiais e da população brasileira. Ele morreu combatendo. O ato heroico dele não é abstrato, é real. Ele morreu em nome da população brasileira. Então nosso sentimento não é de revolta, mas muita dor”, resumiu. O corpo do policial foi trazido para Brasília e enterrado no dia 8 de março.