Do G1 DF
Um homem de 41 anos suspeito de financiar carros com o nome de outras pessoas é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ele é apontado como dono de uma concessionária de semi-novos e teria dado o golpe em potenciais compradores – cerca de 20 vítimas registraram ocorrência.
A polícia estima que, ao menos, R$ 1 milhão tenha sido movimentado com o esquema. “Ele não só agia como vendedor ou proprietário de loja de automóveis, mas há ocorrências dando conta de que ele agia de forma autônoma, oferecendo veículos e trabalhando no ramo de compra e venda, sempre lesando terceiros de boa fé”, disse o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes.
“[Ele] vem fazendo dessa modalidade criminosa o seu meio de vida.”
A mãe de uma das vítimas conversou com a TV Globo e disse que o nome do filho foi usado em 2011, quando fez uma proposta de compra de um carro usado. Na ocasião, ele não chegou a dar entrada, mesmo assim, os dados dele acabaram sendo usados.
Seis anos depois, ele foi surpreendido com um débito de cerca de R$ 90 mil na conta e uma cobrança extrajudicial para apreensão de bens. “Meses depois, [meu filho] recebeu uma cobrança. Foi até o banco, chegou lá disse que tinha sido vitima de um golpe, mas ficou por isso mesmo. Porque o banco disse que já tinha tomado as providências.
“Agora, seis anos depois, chega um comunicado, uma cobrança extrajudicial”, disse a mãe. “Ele perdeu a oportunidade de ter um apartamento devido a esse débito.”
Outras fraudes
Segundo a Polícia Civil, o suspeito também praticava outras fraudes, como a troca e locação de carros roubados, além da venda de veículos com documentos falsos.
“Chegava a fazer trocas, oferecendo aos interessados veículos com restrições de roubo, furto e até oriundos de fraudes como veículos que eram locados em locadoras de automóveis até fora do DF”, explicou o delegado Fernandes. “A documentação era adulterada e esses veículos eram trocados ou vendidos para terceiros.”
Se for encontrado, o homem deve responder por estelionato. A polícia também investiga a participação de pessoas ligadas a cartórios, órgãos públicos e instituições financeiras no esquema. Caso seja confirmado o envolvimento, o suspeito também responderá por associação criminosa, cuja pena varia de 3 a 8 anos de prisão em regime fechado.