Do CB. Poder
Uma quadrilha especializada no arrombamento de caixas eletrônicos com atuação no Distrito Federal, Santa Catarina e Rio de Janeiro foi presa nesta manhã (20/10) pela equipe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF). Dois deles já estavam presos e agiam de dentro do Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro.
Sob o comando do delegado Fernando Cesar Costa, os policiais civis da DRF deflagraram a Operação Fire, com cumprimento de nove mandados de prisão temporária, sendo sete no DF e dois no Rio de Janeiro, além de 10 buscas e apreensões nos endereços dos suspeitos de participação nos crimes. Até agora, sete suspeitos foram presos no DF.
A Operação Fire apura os responsáveis pelos furtos de dinheiro em caixas eletrônicos do Santander, entre 14 e 29 de abril, quando os ladrões roubaram R$ 101 mil. Eles agiam sempre do mesmo modo: quando não havia movimento, nem policiamento, duas vezes no início da manhã, às 6h, e uma de madrugada, à 1h.
Em menos de 25 minutos, entravam, arrombavam o caixa com maçarico e levavam o dinheiro, sem nenhum incômodo. A investigação apontou que eles estavam sempre de capuz, luva e máscara. Nos três crimes, utilizaram o mesmo carro, um Fiat Pálio vermelho. Os furtos ocorreram em terminais da 513 Sul e do SIA.
A investigação avançou graças a uma delação premiada de um dos envolvidos à DRF, pela qual o dono do veículo utilizado nos arrombamentos apontou como eram realizados os crimes e quem eram seus parceiros. Os presos em Bangu coordenavam as ações de dentro do presídio.
Na apuração, os policiais flagraram, por meio de interceptações telefônicas, conversa de um dos suspeitos em que trata com um criminoso que está preso na penitenciária de Bangu sobre como limpar notas que estavam manchadas. Referiam-se, possivelmente, a parte das cédulas roubadas dos caixas do Santander.
Segundo o delegado Fernando Cesar, os criminosos pretendiam realizar novos furtos. “De dentro da prisão, dois deles organizavam novos arrombamentos no Distrito Federal, Bahia e Goiás”, explica.
Os criminosos vão responder por furto qualificado e associação criminosa. Um dios presos também será indiciado por tráfico de drogas porque, na busca e apreensão, os policiais encontraram em seu poder cocaína e uma prensa hidráulica usada para prensar a droga.