Do G1

Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta terça-feira (8), um grupo suspeito de participar de uma “guerra” entre facções criminosas em Santa Maria e no Gama. A ação foi chamada de operação Faida, que significa “vingança de sangue”.

Segundo as investigações, os suspeitos disputavam o comando do tráfico de drogas nas cidades do DF e também no Entorno Sul (região de Valparaíso, em Goiás). Sete pessoas foram indiciadas, quatro estão presas e três foragidas.

Um pedreiro de 40 anos, preso em Formosa (GO), é apontado como chefe da quadrilha. Os outros três homens detidos nesta terça moravam em Santa Maria. Eles são suspeitos de associação criminosa armada, tentativa de homicídio e homicídios qualificados, além de roubo de carros e corrupção de menores.

Ao menos três adolescentes são investigados por participação na quadrilha que, segundo os policiais, pode ter mais envolvidos.

Grupo violento

De acordo com a Polícia Civil, o grupo teria praticado pelo menos cinco homicídios e três tentativas. Eles usavam fuzis, submetralhadoras e pistolas com alongadores e, segundo a delegada-chefe da Divisão de Homicídios, Viviane Bonato, agiam com extrema violência.

“Eles usavam armamento pesado e eliminavam todos os que ameaçavam o seu ponto e a expansão do território do tráfego”.
Ainda segundo a delegada, o que chamou atenção foi a ousadia. “Eles não tinham hora para praticar os crimes, chegavam em grupo, abordavam as vítimas e efetuavam cerca de cinquenta disparos, com armas de grosso calibre”, afirmou.

Conforme o inquérito, o grupo é responsável por um assassinato que ocorreu em frente ao Fórum de Santa Maria, em abril de 2016. A vítima era réu em uma audiência e, segundo a delegada, era chefe da quadrilha rival. Ele levou mais de cinquenta tiros. O tio da vítima, que também fazia parte da quadrilha, foi morto pelo grupo quatro meses depois, afirmou a delegada.

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