Do G1-DF

Previsão é de gastar até R$ 1,34 milhão com aquisição. Pregão determina modelos masculinos e femininos, com tamanhos variando de PP a GG.

A Polícia Civil do Distrito Federal vai fazer licitação para comprar mil coletes à prova de balas. Serão adquiridos modelos masculinos e femininos, com tamanhos variando de PP a GG. A previsão é de gastar até R$ 1,34 milhão com a aquisição. Pelas regras, a corporação pode ter de esperar quatro meses para passar a usar o material.

Entre os argumentos da polícia para comprar os coletes estão a necessidade de garantir a segurança dos servidores e o fato de estar em “processo de recomposição do quadro, com candidatos aptos aguardando nomeação e com concursos para diversos cargos em andamento”.

“[A licitação é necessária] uma vez que em breve teremos mais servidores em atividade policial e que merecem atenção por parte da administração pública, no que tange à sua segurança, desde já.”
O resultado do pregão seria conhecido nesta quinta-feira (2). No entanto, o prazo foi adiado em uma semana, para o dia 16 de março.

Material vencido
A ideia da licitação é também fazer um “bota-fora” dos coletes vencidos da corporação. Em 2015, o G1 mostrou que, dos 2.391 coletes à prova de balas, 966 estavam vencidos – 40,4%. Na época, o diretor-geral da corporação, Eric Seba, afirmou que havia coletes vencidos desde 2012. Ele disse que os itens foram testados e apresentam “capacidade de resistência boa”.

Segundo Seba, o colete é composto por uma placa balística e um tecido. O prazo de validade, diz, é para o tecido. O policial afirma que a placa não “vence” e que é ela quem protege os agentes de balas. Atualmente, a corporação tem 4,3 mil policiais, o que dá em média um colete para cada dois profissionais.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Rodrigo Franco, criticou a situação. “O Estado deve garantir equipamentos de proteção individual para o trabalhador policial civil. Nossa atividade é de risco. Os coletes, as armas e as algemas são oferecidas pelo Estado, que tem a obrigação de dar condições mínimas de trabalho. Nossa vida é nossa integridade física estão sob risco a todo momento.”

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