Do Metrópoles

Os agentes da Polícia Civil de oito sindicatos da categoria farão reunião conjunta, nesta segunda-feira (8/8), para avaliar os efeitos causados pelos movimentos que levaram os policiais a paralisarem seus serviços por 48 horas, no último dia 4 de agosto. Os agentes pedem reajuste salarial e isonomia de seus ganhos com a Polícia Federal.

A paralisação, que durou até a manhã do último sábado (6/8), deixou as delegações das seleções de futebol que estão em Brasília para a disputa das Olimpíadas  sem segurança nos trajetos entre os hotéis onde estão instaladas até o Estádio Mané Garrincha. O Governo do Distrito Federal anunciou o corte do ponto dos servidores pelos dias não trabalhados e a Justiça havia ordenado o retorno dos agentes ao trabalho. A ordem foi descumprida pelos policiais.

Em mensagem á categoria, o diretor-geral da PCDF, Eric Seba, disse que participou de algumas reuniões com a cúpula do GDF e que “a sinalização é de retomada das conversas no sentido de manter a paridade com a Federal no percentual total, ou seja, independente da forma, chegaríamos ao final de 2019 com o mesmo salário da PF.”

Ele pediu, entretanto, que os policiais “evitem entrar na polêmica dos percentuais, pois, como já disse reiteradas vezes, é uma conta complexa. Falaremos de valores na retomada das negociações e não de percentuais”.

Reiterou, ainda, que o reinício das negociações está condicionado à não interrupção das atividades, ou seja, só se não houver paralisação temporária ou permanente. E alertou: “Há um projeto de lei tramitando no CN (Congresso Nacional) que pode inviabilizar qualquer tipo de reajuste salarial, portanto, estamos trabalhando contra o tempo. Caso aprovado, o que hoje depende de um equacionamento político, passará a ser um impedimento legal. Favor repassarem estas informações para os servidores, ocupantes de cargo de chefia ou não, no sentido de mostrar os riscos de uma nova paralisação”.

Propostas
Os policiais, que alegam ter isonomia com a Polícia Federal há 20 anos, estão em negociação com o GDF há mais de um mês. Em reunião na terça (2/8), o governo ofereceu aumento escalonado: 7% em outubro de 2017; 10% em outubro de 2018; e 10% no mesmo mês de 2019. Já no fim da tarde, durante um novo encontro, surgiram outras duas propostas.

A primeira estipulava 23% em agosto de 2017; 4,75% em janeiro de 2018 e 4,5% em janeiro 2019. Na outra sugestão, os percentuais são de 10% em janeiro de 2017; 13% em agosto de 2017; 4,75% em janeiro de 2018 e 4,50% em janeiro de 2019.

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