Do Metrópoles
Polícia ainda trabalha com as hipóteses de latrocínio ou homicídio. Família organiza missa nesta quinta-feira (14/7) em homenagem à universitária
Nesta quinta-feira (14/7), completa-se um mês que a estudante de jornalismo Jéssica Leite foi assassinada a poucos metros da casa onde vivia, em Taguatinga. O crime segue sem respostas, mesmo após 30 dias de investigações. Até agora, várias testemunhas foram ouvidas, sendo que duas compareceram à 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) e liberadas logo em seguida por falta de provas. Uma faca chegou a ser periciada, mas foi comprovado que não poderia ser a arma do crime, já que não havia sangue nela.
A família, ainda abalada, organiza uma missa nesta quinta-feira (14/7) em homenagem à estudante. A cerimônia está marcada para as 19h30, na Paróquia São Judas Tadeu, em Taguatinga. “Falamos de amor por você, mesmo após um mês da nossa despedida. Falaremos de amor em todas as suas referências, pois sabemos que era assim que você gostaria que fosse”, traz o convite para a celebração, assinado pela mãe da estudante, Mônica Santos.
O delegado responsável pelo caso, Flávio Messina, em conversa com a reportagem do Metrópoles, afirmou que a polícia ainda não chegou à conclusão se a causa do crime foi um latrocínio — roubo seguido de morte, já que o celular da estudante desapareceu do local — ou um homicídio.
“A história ainda está muito confusa. Nós precisamos entender quem era ela, com quem andava, por que parou por uns minutos no local do crime. É um crime complexo e temos de ter paciência para concluir tudo”, declarou, na semana passada.
Relembre o caso
Jéssica Leite morreu aos 20 anos devido a uma facada no peito, na tarde do dia 14 de junho, na EQNL 21/23, em Taguatinga. No momento em que foi assassinada, ela tinha saído de casa para ir à Universidade Católica de Brasília (UCB), onde cursava jornalismo. O Corpo de Bombeiros tentou reanimá-la, mas a vítima não resistiu.
A jovem era definida por amigos como uma pessoa feliz. A indignação com os problemas do país e a injustiça social também eram traços da personalidade da jovem, características que a motivavam a cursar jornalismo. Jéssica queria trabalhar em uma redação. Extrovertida e comunicativa, ela sempre estava rodeada de pessoas.
No dia seguinte ao crime, a Polícia Civil encontrou porções de maconha, microsselos de LSD, uma balança de precisão e um aparelho para triturar a droga na mochila que estava com a jovem na hora em que ela foi morta. No entanto, a família alega que tudo pode ter sido plantando durante a aglomeração de pessoas que se formou logo após o assassinato.
“Estivemos na casa da Jéssica no dia do crime em busca de drogas, mas não encontramos nada. Assim, a teoria de que ela traficasse é muito improvável. A mãe também disse desconhecer que a filha usasse drogas ou tivesse qualquer inimigo”, ressaltou, na ocasião, o delegado Messina.