Fonte: Jornal de Brasília
A Polícia Civil prendeu uma quadrilha especializada em furto de veículos de grande porte como caminhões, guinchos e tratores. A Operação Grajaú foi deflagrada na manhã desta quinta (14) em Águas Claras, Ceilândia e Brazlândia, além de cidades do Goiás, como Águas Lindas, Luziânia, Padre Bernardo e Anápolis. De acordo com a corporação, dez veículos foram recuperados, oito pessoas foram presas e três estão foragidas.
A polícia informou que um dos principais articuladores do grupo é o ex-policial militar Hélio Carneiro dos Santos, 42 anos, envolvido no assassinato do desembargador Irajá Pimentel. O ex-militar cumpria prisão domiciliar e tinha passagens pela polícia. Outro chefe do esquema era José Carlos Pereira Gomes, 28 anos, que também possui antecedentes criminais no Distrito Federal, no Paraná, no Maranhão e em Goiás.
Ao todo, são dez mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão cumpridos por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV). Segundo as investigações, os criminosos furtavam os veículos, falsificavam os sinais identificadores dos caminhões, como chassi, e modificavam a documentação. “A falsificação de documentos e adulterações das placas dos veículos eram feitas em Anápolis (GO) por José Carlos, para depois ser feita a revenda”, afirma o delegado-chefe da DRFV, Marco Aurélio de Souza.
Depois de clonados, os automóveis eram vendidos à receptadores nos estados do Maranhão, Pará, Bahia, Goiás e Minas Gerais. “Seguimos com investigações para encontrar os receptadores que compravam os veículos que eram vendidos pela quadrilha por R$ 20 a R$ 30 mil, preço bem abaixo da média que seria de R$ 80 a R$ 200 mil”, esclarece o delegado.
Segundo Marco Aurélio, o grupo agia rotineiramente no Distrito Federal há pouco mais de um ano. As investigações duraram 12 meses. Além de Hélio e José Carlos Pereira, considerados os líderes do grupo, a maioria dos outros suspeitos também possuem passagens pela polícia por diversos crimes inclusive em outros estados. Na operação foram apreendidas cinco armas de fogo.
Os envolvidos vão responder por organização criminosa, furto qualificado, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo, uso de documento falso e falsificação de documento público. As penas somadas podem chegar a 38 anos de prisão.