Fonte: G1 / BRASÍLIA
Policiais militares libertaram neste sábado (9) uma mulher de 39 anos que era mantida em cárcere privado pelo marido há cerca de um mês no Distrito Federal. Vizinhos do casal, que mora na CNR 1 de Ceilândia, denunciaram o caso. Ela tinha lesões nos braços e nas costas e chorava muito quando foi resgatada. Preso, o homem nega o crime e diz que há “invenção” nas declarações da vítima.
De acordo com o tenente do Batalhão de Choque Ricardo Carrijo, equipes patrulhavam a área quando foram alertadas de que a dona de casa era mantida refém. “Os vizinhos estavam indignados com a situação. Eles falam que tem 20 dias que ela não sai de casa, que era agredida, que ouviam barulho.”
Enquanto os policiais conversavam com testemunhas, a mulher começou a gritar pedindo socorro. Os PMs forçou a entrada na residência e a socorreu. Uma criança de 4 anos também estava no local e foi acolhida por testemunhas.
O marido, que trabalha como ajudante de carga e descarga de caminhões, não resistiu à prisão. “São quatro crimes pelos quais ele vai responder: cárcere privado, lesão corporal, injúria e ameaça”, explica o tenente. “Ele a xingava, jogava objeto contra ela.”
Carrijo disse que a mulher estava nervosa e confusa e que afirmou estar há dois meses sem sair de casa. Ele declarou que crimes que se enquadram na Lei Maria da Penha ainda são muito frequentes na rotina dos PMs.
“É comum, na rua a gente vê todo dia, toda hora. Mas a questão do cárcere é mais difícil de acontecer. O fato surpreende a gente porque ela estava havia tanto tempo em cárcere”, declarou. A vítima foi levada para o Instituto Médico Legal. O caso é investigado pela 23ª Delegacia de Polícia.