Fonte: Metrópoles

As coroas de rosas que tomavam conta da capela 1 do cemitério de Taguatinga, assim como as centenas de pessoas que compareceram ao Campo da Esperança na manhã deste domingo (3/4), demostraram como o agente da policia civil Marcos Antônio de Oliveira Melo, de 48 anos, era querido por amigos, familiares e colegas de corporação.

Marquinho, como era conhecido, faleceu na madrugada deste sábado após ser internado no Hospital Santa Marta. Ele deu entrada na última terça-feira com fortes dores no corpo e febre alta. Os médicos ainda investigam o que causou a morte do policial.

Durante o enterro, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o cemitério. Em forma de homenagem, colegas jogaram pétalas de rosas sobre o local onde Marcos Antônio foi sepultado. O gesto emocionou familiares e amigos do agente.

“Sentiremos sua falta, amiguinho”, dizia uma faixa enrolada a uma grande coroa de flores enviada por colegas da corporação. Marquinho, amiguinho… Assim, de forma carinhosa e gentil, que os policiais, profissionais que convivem com uma rotina truculenta e estressante, gostavam de chamar o amigo. Investigador experiente, Marcos Antônio tinha 24 anos de carreira e ficou conhecido por aliar o rigor exigido pela profissão com um lado humano e atencioso, sempre disposto a atender a comunidade.

“Conheci o Marquinho em 1992. Trabalhamos juntos e construímos uma amizade muito grande. Profissionais como ele, que se importam com um tratamento mais humanizado, sem esquecer do profissionalismo são raros e devem ser homenageados. Ele tornava o ambiente mais leve. Perdi um irmão”, conta o diretor-geral da Policia Civil do DF, Eric Seba. “É algo engraçado porque até mesmo os ladrões que a gente prendia gostavam do Marquinho, porque ele os tratava de forma firme, porém respeitosa”, lembra.

“Era um excelente investigador. Certa vez a gente estava em perseguição a uns bandidos na BR-070 e ele disparou, atingindo em cheio um dos pneus do carro do suspeito, fazendo com que eles parassem e fossem presos. Não me esqueço disso, pois ele era muito profissional”, recorda o policial Paulo Gaviano, colega da 17ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Norte.

Marcos Antônio de Oliveira deixa esposa e dois filhos, um de 13 e outro de oito anos.

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