Do Metrópoles

Os réus receberam penas de prisão entre nove e dez anos de reclusão, em regime fechado, além de multa, pelo crime de integrar organização criminosa

Seis integrantes da organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) após serem alvo de uma operação da Polícia Civil, em 7 de novembro de 2014. A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Os réus receberam penas de prisão entre nove e dez anos de reclusão, em regime fechado, além de multa, pelo crime de integrar organização criminosa.

A Operação Tabuleiro, deflagrada pela Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), tinha como alvo desarticular uma célula da organização criminosa que pretendia se instalar no DF e na região do Entorno mediante a difusão de sua ideologia no sistema prisional e o ajuste para a prática de crimes graves, principalmente o tráfico ilícito de entorpecentes, crimes contra o patrimônio e a venda ilegal de armas de fogo.

Um dos procurados foi preso em Valparaíso (GO). Os demais estavam detidos em sete presídios: de Luziânia e Águas Lindas, em Goiás; nos presídios de Belém (PA); um em Parelheiros, São Paulo; e no presídio de Pacatuba, em Fortaleza (CE). Ainda existem outras seis ações penais em curso relacionadas ao caso, com um total de 27 réus.

A atuação do Ministério Público contra a organização criminosa também foi objeto da Operação Palestina, deflagrada pela Deco em 9 de novembro de 2015, que resultou no oferecimento, pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público (Nupri) e pelo Gaeco, de quatro denúncias contra 51 investigados.

Marcola
O PCC foi implementado, no Entorno do DF, pelo traficante Marcos Hernas Camacho, o Marcola, considerado o líder da facção e que está preso há quase 30 anos. O objetivo dos líderes do PCC era expandir a organização para todos os estados e passar a comandar todo o tráfico de drogas do país. A polícia já identificou a presença de integrantes em 13 estados.

O grupo tem ligações com o tráfico de outros países como o Peru, Paraguai e a Bolívia. Além das prisões, também foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e dez contas bancárias foram bloqueadas pela Justiça. O valor dessas contas não foi divulgado.

Todos os integrantes do PCC que estavam soltos pagavam uma mensalidade de R$ 400 além do valor de rifas que eram feitas com sorteio de motos. O dinheiro arrecadado era utilizado para financiar o comando e a compra de drogas para o tráfico.

Filiação