São 49 mandados de prisão preventiva, sendo 40 em unidades prisionais.
Objetivo da organização é dominar o tráfico de drogas, diz Polícia Civil.
A Polícia Civil realiza na manhã desta sexta-feira (9) uma megaoperação no Distrito Federal e Entorno para desarticular a implantação de uma organização criminosa que já atua em todo o país e tem o objetivo de dominar o tráfico de drogas. Ao todo, são 49 mandados de prisão preventiva a serem cumpridos, 40 deles em presídios de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Presidente Bernardes (São Paulo), Palmas (Tocantins), Goiânia (Goiás) e na capital federal.
De acordo com o delegado-chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), Luis Henrique Sampaio, dos 49 mandados de prisão previstos, 40 foram cumpridos. Destes, somente cinco pessoas estavam em liberdade – uma foi presa no DF e quatro no Entorno.
Sampaio explicou que até o ano passado, o grupo que faz parte da facção criminosa não existia na capital federal. No final de 2014, houve uma tentativa de implementar a organização no DF, mas a polícia conseguiu desarticular a quadrilha, “porque só havia 20 integrantes”.
O delegado disse que a organização era comandada pelo suspeito Genilson Vieira, conhecido como Tony. Ele foi preso nesta sexta no Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Vieira dava ordens aos criminosos na capital federal. O grupo é suspeito de cometer crimes principalmente em Santa Maria, Recanto das Emas, Planaltina e Estrutural.
Duas advogadas foram conduzidas coercitivamente para a delegacia para prestar depoimento e vários mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Investigadores suspeitam que, para burlar a segurança nas penitenciárias, detentos estavam contando com a ação das duas advogadas da capital federal, que prestavam papel de “mensageiras dos criminosos”, levando e trazendo informações do DF para estados de São Paulo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Goiás.
De acordo com a polícia, evidências de ações da organização foram constatadas em quatro presídios do Distrito Federal – no Presídio Feminino, conhecido como Colmeia, no Centro de Progressão Progressiva (CPP), no Centro de Detenção Provisória e na PDF II.
As investigações da ação, nomeada de “Operação Avalanche”, iniciaram em fevereiro deste ano quando a polícia identificou que o grupo tentava se reinstalar na capital federal. Essa é a segunda operação da Polícia Civil do Distrito Federal para impedir a ação da organização criminosa.
Em 7 de novembro de 2014, a Operação Tabuleiro identificou 28 suspeitos de integrar a facção, que eram hierarquicamente estruturados, cobrando impostos e articulando dentro de presídios do Entorno. Segundo a polícia, até então os presídios da capital federal estavam “imunes ao crime organizado”.
Os mandados de prisão foram cumpridos nos seguintes locais: um no Presídio Feminino do DF, um no CPP, um no CDP, um na PDF II, cinco em Planaltina de Goiás, sete em Águas Lindas, um em Formosa, dois no Presídio de Campo Grande, um no Presídio de Presidente Bernardes, um na Penitenciária de Palmas, três no Presídio de Goiânia e um no Recanto das Emas (DF).
Fonte: G1 / BRASILIA