Homem afirmou já ter perdido mais de R$ 2,5 milhões em apostas.
Perícia constatou que equipamentos foram fraudados, diz delegado.

Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal fechou uma casa de jogos de azar no Park Way e duas em Ceilândia na noite desta terça-feira (13). Durante a ação, 16 pessoas foram autuadas – 5 funcionários e 11 apostadores. A corporação apreendeu 40 caça-níqueis, cerca de R$ 30 mil em dinheiro e diversas máquinas de cartão de crédito.

Responsável pela operação, o delegado Victor Dan afirmou que investiga o estabelecimento do Park Way há três meses e que quer saber se há vínculo entre os três locais. Segundo ele, todas as máquinas de cartão de crédito são de Goiânia (GO).

“Sabemos que as casas têm funcionários em comum. Já tínhamos conhecimento do local no Park Way, mas estávamos apurando para que ela fosse pega em funcionamento. Durante a operação, as investigações apontaram a existência de outras duas em Ceilândia.”

Um jogador disse em depoimento que já perdeu mais de R$ 2,5 milhões em apostas, de acordo com Dan. “Ele disse que já vendeu cinco casas e duas lojas para jogar e perdeu tudo. Só ontem ele tinha jogado R$ 6,8 mil e ganhado R$ 200.”

“O apostador joga há uns dez anos e disse que tem certeza que há uma fraude nas máquinas, que eles processam os caça-níqueis para as pessoas não ganharem, mesmo assim eles continuam a jogar por causa do vício.”

Segundo o delegado, a perícia constatou que as máquinas foram fraudadas para os apostadores não ganharem. Por isso, os cinco funcionários vão responder por estelionato e associação criminosa, além de jogo de azar.

“As pessoas perdem mais do que ganham. O apostador contou que eles levam em casa, deixam em casa, fazem jantar e até disse que tem muitos que saem com dívidas e, para pagar, eles fazem um novo convite, daí o cara joga para pagar a dívida e faz uma dívida maior ainda.”

Uma agenda com contatos de supostos clientes foi apreendida. A polícia espera identificar o chefe do grupo. Todos os autuados foram ouvidos e liberados. “Quando a polícia fecha uma casa dessa eles mudam de local, ligam para as pessoas e elas continuam indo, eles não param, só mudam de endereço. Temos que combater isso porque destrói muitas famílias, tem separação, divórcio, filha que não quer ver pai.”

 

Fonte: G1 / BRASILIA

Filiação