Criminosos agiam dentro de penitenciárias e cadeias no DF e Entorno

Criminosos que articulavam ações dentro da Penitenciária do Distrito Federal (PDF) e de cadeias do Entorno são alvo de uma operação da Polícia Civil nesta sexta-feira (9/10). A última fase da ação para desfazer a célula do Primeiro Comando da Capital (PCC), intitulada Avalanche, cumpre 49 mandados de prisão preventiva, sendo nove detidos na rua (quatro na capital) e 40 em presídios, desses, 12 em prisões do DF. Além disso, há dois mandados de conduções coercitivas de advogadas.

Elas agiam fora e dentro dos presídios. São suspeitas de promoverem a comunicação entre os integrantes do grupo. A polícia fez prisões em Campo Grande (MS), Presidente Bernardes (SP), Palmas (TO), Goiânia (GO) e DF, na Colmeia, no Centro de Prisão Progressiva (CPP) e no Centro de Detenção Provisória, os dois últimos na Papuda.

Segundo a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), trata-se de uma facção criminosa que tenta se instalar no Distrito Federal e faz parte de uma das células do PCC, que atua no tráfico de drogas, roubo e extorsões. As prisões ocorrem em regiões como Recanto das Emas, Águas Lindas, Planaltina de Goiás e Luziânia.

De acordo com o delegado a cargo das investigações, Luiz Henrique Sampaio, os suspeitos com mandado de prisão que já estavam nos presídios são “mais experientes”. “Eles mandavam nos outros”, conta. O chefe do grupo, Genilson Vieira Penaforte, mais conhecido como Tony, de Campo Grande, comandava as ações no DF por telefone.
O suspeito apontado pela Polícia Civil como líder das ações do grupo no DF, Edson de Souza Campos, conhecido como Neguinho, também estava preso e coordenava os trabalhos locais de dentro da Papuda.
A investigação é realizada há 10 meses. Desde o início da operação, 41 pessoas foram presas em diferentes unidades da federação, como Goiás e Tocantins. Em novembro passado, na ação intitulada Tabuleiro, foram cumpridos 14 mandados de prisão em seis presídios. Quatro no Entorno do DF, um em São Paulo e um no Ceará. Os investigadores também fizeram busca e apreensão em nove endereços suspeitos de guardarem bens da maior facção criminosa do país.
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