Uma transportava a droga e a outra era ‘batedora’, afirma Polícia Civil.
Abordagem aconteceu na BR-060, na altura de Engenho das Lajes.
Duas mulheres foram presas com 195 kg de maconha escondidas na caçamba de um carro no Distrito Federal na noite desta terça-feira (6). Elas estavam em dois automóveis diferentes, na BR-060, na altura de Engenho das Lajes, quando foram abordadas. A operação ocorreu depois de a Polícia Civil receber uma denúncia anônima. De acordo com a corporação, uma transportava a droga e a outra seguia no outro veículo na “função” de batedora.
O delegado-chefe da Coordenação de Repressão às Drogas, Rodrigo Bonach, afirmou que essa foi a segunda maior apreensão de maconha do ano – a primeira foi de 243 kg da droga pela delegacia do Riacho Fundo.
Bonach disse que a dupla contou que deixou a capital federal com destino a Goiânia na segunda e que foi interceptada ao retornar para o DF. As mulheres declararam que não sabiam que havia droga no veículo. O dono do carro não foi apontado.
A operação ocorreu em parceria com a Polícia Rodoviária Federal. Durante a abordagem, agentes detectaram que o veículo que transportava a droga havia sido tomado em um furto em Goiânia e estava com placa clonada.
Com a dupla foram apreendidos ainda pequenas porções de maconha e cocaína, dois celulares e R$ 50 em dinheiro. Bonach falou que a atuação das mulheres chamou a atenção. Somente uma das suspeitas tem antecedentes criminais.
“A mulherada está mandando ficha no tráfico. Elas estão se envolvendo cada vez mais. Normalmente a gente não via as mulheres dirigindo e servindo de batedor, elas tinham uma participação mais de entrar com droga em presídios ou acompanhar nos trajetos”, disse.
Ele contou que a polícia não conseguiu identificar o local de origem da droga, mas que a dupla foi monitorada desde a saída de Goiânia. “Geograficamente, Goiânia é perfeita, porque chega da região fronteiriça, reposiciona aqui e vai difundido. Nosso objetivo é estancar a entrada da droga. Se essa droga entrar, ela vai ser estocada em algum lugar.”
“Você não consegue colocar no mercado 200 kg de uma vez para os compradores. Você traz em grande quantidade, estoca e vai fazendo a revenda para os contatos locais. Os traficantes menores passam a buscar e serem atacadistas, e hoje Goiânia é o atacadão das drogas.”
O delegado declarou que as rodovias federais são as principais rotas de tráfico na chegada e na passagem da droga pela capital federal. “A BR-060 é uma artéria, sobretudo porque vem de Goiânia para cá. Elas não estavam sendo investigadas há muito tempo. Foi uma denúncia que foi trabalhada e as equipes foram para as ruas, com apoio da PRF.”
As mulheres foram autuadas por tráfico interestadual de drogas e receptação. Elas foram levadas para o Presídio Feminino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia.
Fonte: G1