Crianças e idosos estão entre a maioria das ocorrências registradas.
Secretaria de Segurança estuda criar coordenação para achar sumidos.
A Polícia Civil do Distrito Federal registrou 1.500 ocorrências de pessoas desaparecidas na capital federal no primeiro semestre deste ano – uma média de oito casos por dia. No mesmo período, a corporação afirma ter encontrado 218 pessoas. De acordo com a polícia, crianças e idosos estão entre a maioria dos casos. Samambaia, Ceilândia, Paranoá e Recanto das Emas são as regiões que mais registraram desaparecimentos.
Apesar de a Polícia Civil trabalhar com uma média de oito pessoas desaparecidas por dia em toda a capital, a delegada Ana Lúcia Toledo afirma que o número de desaparecidos pode ser ainda maior.
Atualmente, o governo do Distrito Federal não tem um cadastro único de vítimas de desaparecimento. A Secretaria de Segurança Pública disse estar elaborando um projeto de criação da Coordenação de Localização de Desaparecidos. Todos os casos ficarão sob o comando da pasta.
“A ideia é que haja a compilação de todos os dados do DF, formando um banco único, oficial e nacional. Falta um decreto do governador. Temos esperança que ele se sensibilize e que pese todos os problemas que a gente tem passado devido ao sofrimento das vítimas e dos parentes”, explicou Ana Lúcia.
O filho do aposentado Benedito Alves Almeida desapareceu quando tinha 17 anos, em agosto de 2012. Ele conta que há três anos procura Natanael todos os dias. “Eu sempre saio. Não dou conta de parar porque a gente não viu nada, nunca vimos paradeiro nenhum dele. Ninguém fala nada”.
Já a mãe de Natael acredita que o filho ainda está vivo. Segundo ela, o menino não tinha problemas em casa e sofria de depressão. Eromilda Rocha dos Santos também conta que o jovem estava acessando muito a internet e que no dia que sumiu ele parecia estar esperando por alguém.
“Eu acredito que meu filho está vivo em algum lugar. Alguém o levou, mas está cuidando dele. É isso que eu tenho que pensar.”
Fonte: G1