Órgãos de fiscalização do Distrito Federal realizam a partir desta terça-feira (15) uma operação conjunta no centro de Taguatinga para retirar camelôs, moradores de rua e usuários de drogas da ruas região. De acordo com a administração regional, a ação visa também fazer limpeza no local, reforçar a segurança e coibir ambulantes em calçadas para pedestres.
A operação, nomeada de “Centro Legal é Centro Limpo”, começou por volta das 5h e não tem data para ser finalizada. A ação envolve o Detran, a Polícia Militar, a Agefis, o SLU, o Corpo de Bombeiros, a Novacap e a Administração de Taguatinga
O comandante do 2º BPM, tenente-coronel Edgar Rojas, que também está à frente da operação, afirmou que a medida visa reintegrar o centro à comunidade. “As desordens contribuem significativamente com o aumento da criminalidade. Calculamos que mais de 1 milhão de pessoas transitam no centro por dia, então acaba que esse número de pessoas atrai os crimes.”
Até as 9h20, um veículo havia sido recolhido ao depósito do Detran porque o motorista estava sem carteira. Além disso, foram apreendidas facas e pequenas porções de maconha, e mais de 200 ambulantes foram impedidos de montar barracas. Segundo o tenente-coronel, uma pessoa chegou a ser encaminhada à delegacia da região, mas não foi atendida por causa da greve na Polícia Civil.
Rojas declarou que o comércio irregular, o tráfico de drogas e a prostituição no local têm sobrecarregado o centro da região administrativa. “Em um segundo momento vamos, junto ao poder público, verificar os hóteis ao redor, que muitas vezes funcionam na verdade como motéis. Esse é um segundo passo, verificar a situação das hotelarias, trazer a informalidade para a legalidade.”
Ele disse que moradores de ruas e usuários de drogas estão sendo abordados. “Estamos orientando os moradores a procurar abrigos e os usuários vão ser encaminhados para a delegacia.”
O administrador Ricardo Lustosa Jacobina informou ao G1 que mais de 300 ambulantes foram cadastrados ao longo do mês e que uma parceria com o Sebrae será realizada para profissionalizar esses vendedores.
“O objetivo é identificar quem são essas pessoas, por que eles estão na rua, se são feirantes e não têm movimento na feira, se veio de outra região, saber o quê vende e o que pode ser vendido no centro.”
Jacobina declarou que a operação era uma reivindicação antiga de empresários e comerciantes do local. “Há muito tempo essa operação estava sendo reivindicada, essa ocupação é uma resposta. Fizemos diversas reunioõs com os feirantes, empresários e comerciantes para buscar o entendimento e a legalização das ações.”
Ele disse que a PM também fez um trabalho de inteligência para identificar os principais traficantes atuantes na região. “O centro de Taguatinga é o cartão postal da nossa sociedade. A expectativa é devolver o centro da cidade para a comunidade. Estamos falando de ocupações irregulares, estamos falando da questão visual, dos registros publicitários, das placas, é uma ação que não tem fim e o objetivo é evoluir.”