O número de arrombamentos e explosões de caixas eletrônicos não para de crescer no Distrito Federal. Maçarico, pé de cabra, serra e explosivos são alguns dos materiais utilizados pelos ladrões. O sistema chamado de “caixa-falsa”, em que o ladrão substitui a frente do caixa, também é um dos métodos utilizados. O forte investimento em segurança por parte dos bancos não impede a ação dos assaltantes.

A SSP/DF (Secretaria de Segurança Pública e Paz Social/DF) informou que em 2015, até esta terça-feira (7), foram explodidos 14 caixas e outros 13 foram arrombados no DF. Segundo a secretaria, a maioria dos casos acontece na madrugada e, principalmente, em caixas eletrônicos de postos de combustível e de centros comerciais.

Em 11 desses casos, os bandidos conseguiram abrir o compartimento e roubar o dinheiro, sendo que, em cinco casos, os criminosos explodiram o caixa e, em outros seis, os compartimentos foram arrombados com o uso de maçarico.

A secretaria diz que os números deste ano já superaram os do ano passado, que fechou com 11 assaltos a caixas eletrônicos, no total, sendo seis com o uso de explosivos e cinco com o uso de maçarico. Em 2014, em oito assaltos os criminosos conseguiram realizar o crime, e três tentativas foram frustradas, segundo a SSP.

Integração

De acordo com delegado da DRF (Delegacia de Repressão a Furtos), Wenderson Teles, as polícias civil e militar têm unido esforços para impedir os assaltos a bancos. “Estamos integrando os esforços para coibir os arrombamentos a caixas eletrônicos. Já prendemos nove criminosos, que vieram de Santa Catarina para praticar o crime”, disse.

Para o delegado, a facilidade para se adquirir explosivo de forma ilícita e a possibilidade de maior faturamento em um só assalto são alguns dos motivos que levam os ladrões a optarem por esse tipo de furto. “Muitas pessoas migram para essa modalidade de delito, visando o lucro. A expectativa é maior”, afirmou.

A Polícia Militar afirmou que, em 2015, duas quadrilhas especializadas nesse tipo de crime foram presas em flagrante. E policiais e viaturas específicos também foram direcionados para a fiscalização dos caixas eletrônicos do DF.

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), além da população, as instituições financeiras também sofrem com os prejuízos causados pelas ações dos ladrões. Além da perda financeira, os bancos ainda arcam com os gastos da reforma e dos caixas danificados pelas explosões e arrombamentos.

Na tentativa de escapar dos assaltos, as instituições financeiras investem em medidas preventivas com a instalação de câmeras de segurança, sistemas de detecção e de monitoramento e alarmes. De acordo com a Febraban, os bancos também reduziram o volume de cédulas disponível nas agências e incentivam a população a usar os canais eletrônicos para realizar operações bancárias.

Fonte: Fato Online

Filiação