Computadores de uma escola no Sol Nascente, no Distrito Federal, foram furtados após ladrões cortarem as grades do laboratório de informática da instituição. Os criminosos levaram 9 CPUs e 17 monitores do programa Proinfo do Ministério da Educação, além de outros 10 computadores completos, teclados e mouses doados para a instituição. De acordo com a diretora da unidade, essa é a quinta vez que a escola é arrombada em dois meses.

O crime foi no Centro de Ensino Fundamental 28 (CEF 28) na madrugada da última segunda-feira (22). O local fica ao lado da Vila Olímpica da QNP 21, em Ceilândia Norte. Glauce Kelly Furletti está à frente da escola desde 2011. Ela contou que há alguns meses a instituição tem registrado crimes violentos contra o patrimônio.

No início de maio, os portões do estacionamento foram incendiados. O prejuízo foi de cerca de R$ 2 mil. Algumas semanas depois, criminosos arrombaram a janela do depósito de material de limpeza e furtaram produtos. A sala de coordenação também já foi alvo dos ladrões. Na mesma madrugada, os bandidos também arrombaram o portão de entrada da escola e levaram o cadeado.

“O que temos na escola é vandalismo. Uma minoria arranca a pia do banheiro, picha as salas e muitas vezes os alunos furtam entre eles, principalmente celular. A gente não tinha registro de crimes tão violentos assim”, afirmou. “Agora parece que os ladrões focaram nessa escola. Não é uma escola em que os professores têm medo de trabalhar, mas a parte externa que é complicado.”

Laboratório de informática ficou revirada após "ataque" de ladrões em escola do DF (Foto: Glauce Furletti/Arquivo Pessoal)
Laboratório de informática ficou revirada após “ataque” de ladrões em escola do DF (Foto: Glauce Furletti/Arquivo Pessoal)

grades das janelas do laboratório foram consertadas. A perícia da Polícia Civil coletou sangue entre os vidros quebrados. A diretora não soube informar o prejuízo, mas acredita que o crime da última segunda-feira tenha sido encomendado. A 19ª DP investiga o crime.

Eles foram direto na sala que tinha os computadores. Já levaram equipamento para cortar as grades. Foram cortadas 14 barras de ferro das duas janelas para conseguir entrar. Provavelmente já tinha alguém esperando para levar aquele tanto de coisa, então para mim foi encomendado.”
Glauce Furletti, diretora do CEF 28

“Eles foram direto na sala que tinha os computadores. Já levaram equipamento para cortar as grades. Foram cortadas 14 barras de ferro das duas janelas para conseguir entrar. Provavelmente já tinha alguém esperando para levar aquele tanto de coisa, então para mim foi encomendado.”

O delegado da 19ª DP, Fernando Fernandes, afirmou que quatro suspeitos já foram identificados, sendo dois adultos e dois adolescentes. Ele disse que aguarda o resultado do exame pericial para pedir a prisão dos adultos e a busca e a apreensão dos jovens.

“As investigações iniciaram no próprio domingo porque as pessoas da área nos avisaram e por meio de denúncias anônimas. Esperamos a chegada desse laudo pericial, que deve sair até sexta-feira, para confirmar a participação dessas pessoas”, declarou. “Os suspeitos estão sendo monitorados para evitar fuga bem como as investigações continuam para saber o destino dado aos computadores.”

O coordenador da Regional de Ensino de Ceilândia, Marco Antônio de Souza, disse que está elaborando um projeto com o GDF para implantar câmeras de segurança com alarme em unidades em situação de risco.

“Vamos tentar colocar primeiramente nas escolas que têm incidência um pouco maior de segurança. O CEF 28 já é uma escola atendida por sistema de vigilância, mas como eles agiram na parte de trás, o vigilante não viu”, disse.  “Além disso, temos projetos na área de segurança comunitária em parceria com a Polícia Militar que vamos desenvolver no segundo semestre em conjunto com a comunidade.”

Fonte: G1 

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