A Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (Dcpim) prendeu na manhã desta sexta-feira (26) três pessoas suspeitas de comandarem o maior laboratório de mídias piratas do Distrito Federal. O homem apontado como dono do equipamento já havia sido preso no final do ano passado, em Goiás, pelo mesmo crime. Os outros dois presos são funcionários dele, diz a polícia.

Segundo delegada Mônica Ferreira, foi a maior apreensão de equipamentos do tipo realizada em 2015. Foram recolhidos 181 gravadoras de DVD, 11 controladoras de gravação, uma impressora de alta capacidade, 10 mil mídias e milhares de encartes.

Com os equipamentos, é possível reproduzir até 3 mil mídias por dia. De acordo com a polícia, os suspeitos disseram que produziam entre 500 e 1 mil cópias diariamente. Cada mída era vendida no atacado a outros comerciantes por R$ 1 cada.

A polícia trabalhou durante dois meses para descobrir onde os suspeitos produziam os  DVDs. Segundo a delegada, a fábrica ficava em uma casa de difícil localização no Sol Nascente .”Ele tinha até batedor para despistar a polícia”, disse. “Os lugares são difíceis, as ruas muito pequenas, ele sempre acabava despistando. Mas tem o dia da caça e do caçador, e hoje conseguimos prendê-lo.”

Gravadores de mídia apreendidos pela polícia durante operação contra pirataria no DF (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Gravadores de mídia apreendidos pela polícia durante operação contra pirataria no DF (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A delegada afirma que o homem fornecia as mídias para comerciantes ilegais das feiras do Distrito Federal. “Com a atuação da Dcpim no ano passado, foi solicitado que cancelassem a concessão dos boxes na Feira dos Importados de Taguatinga por conta da venda de DVDs piratas e eles [vendedores] passaram a vender no chão. Colocam uma lona, estendem no chão e vendem”, diz. “Na Feira de Taguatinga se vende por atacado, e não no varejo. Ele vendia dentro do carro mesmo, direto para outros comerciantes, fornecendo para várias feiras e para outros comerciantes ilegais.”

“É um dinheiro fácil, líquido, não paga imposto de nada. Mas ele vai responder por violação do direito autoral e pode ficar preso entre dois e quatro anos.”

Fonte: G1

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