Foram 2.923 apreensões no primeiro quadrimestre, contra 1.821 em 2014.
Adolescentes cometeram 39% dos homicídios solucionados até 15 de maio.
O número de menores apreendidos em flagrante por prática de atos infracionais análogos a crimes cresceu 60,5% no Distrito Federal nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Polícia Civil. De janeiro a abril deste ano, foram 2.923 menores apreendidos, contra 1.821 no primeiro quadrimestre de 2014.
Os dados da polícia mostram que 139 dos 355 crimes de homicídios registrados no período e solucionados até o dia 15 (39,1% dos casos) foram cometidos por menores de 18 anos. Outros 333 homicídios ocorridos nos primeiros quatro meses do ano ainda seguiam sem identificação de autoria.
Na última semana, os registros de ocorrências da Polícia Militar indicavam a apreensão de 21 adolescentes por diversas ocorrências, como cárcere privado, roubo, sequestro- relâmpago, porte de arma de fogo, tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) e furto de carro. Em cincom dias, foram registradas 14 ocorrências envolvendo menores.
A Secretaria de Segurança Pública disse que o aumento no número de casos demonstra mais efetividade do trabalho das polícias, e não necessariamente um aumento dos crimes envolvendo menores.
Desde o começo do ano, a PM ampliou o número de policiais militares nas ruas de algumas regiões com maiores índices de violência. A Polícia Civil está reorganizando as rotinas para fortalecer as equipes de investigação, diz a secretaria.
A pasta também informou que realiza estudos estatísticos para que as áreas com mais problemas sejam identificadas para orientar as ações de policiamento.
Menores no crime
Dois casos de crimes envolvendo menores no Distrito Federal causaram repercussão na imprensa neste mês. No dia 15, três adolescentes foram apreendidos e um adulto preso por sequestrarem e tentarem matar um casal de namorados. Eles foram abordados quando chegavam na casa da menina, em Samambaia.
Os sequestradores levaram o casal até a Ponte Alta, no Gama, onde eles foram esfaqueados e abandonados. O jovem foi jogado em um lago. A namorada dele se fez de morta e conseguiu salvá-lo quando os criminosos foram embora.
No dia seguinte, a polícia prendeu um adolescente de 17 anos e um adulto que estavam com o veículo do coronel do Exército Sérgio Murilo Cerqueira, morto horas antes em uma área deserta em São Sebastião.
A polícia prendeu a mulher do coronel, a professora de artes Cristiana Cerqueira, e a irmã dela, que são apontadas de tramar a morte do militar. Segundo a polícia, o casal estava em processo de separação, e Cristiana queria ficar com uma pensão de cerca de R$ 10 mil mensais que receberia, caso o marido morresse. Presa, a professora nega envolvimento na morte do marido.
Fonte: G1/ DF