Do Metrópoles

A divulgação da mais recente pesquisa Datafolha, que mostra um cenário ainda embolado no DF, fez os candidatos ao Palácio do Buriti avaliarem os resultados nessa quinta-feira (20/9), durante as agendas de campanha na busca por votos.

Os desempenhos obtidos influenciaram as opiniões dos postulantes ao Governo do Distrito Federal (GDF), os quais se dividiram em dois grupos: os satisfeitos e aqueles que minimizaram os números porque não alcançaram a resposta esperada dos eleitores.

Na pesquisa Datafolha divulgada na madrugada dessa quinta, Eliana Pedrosa (Pros) lidera, com 20%. Alberto Fraga (DEM) subiu para 14% e chegou ao segundo lugar. A surpresa foi Ibaneis Rocha (MDB): cresceu nove pontos percentuais em relação ao último levantamento. Ele apareceu, pela primeira vez, em terceiro, com 13% – à frente de Rodrigo Rollemberg (PSB), que caiu para 12%, e de Rogério Rosso (PSD), com 11%. Esses quatro candidatos estão empatados tecnicamente.

Entre os mais animados com a sondagem, Ibaneis comemorou o resultado, mas aproveitou para criticar os adversários que atribuem o crescimento ao grande investimento financeiro feito pelo candidato ao projeto.

“Dinheiro não faz diferença em campanha, mas sim o tempo de televisão e a personalidade do candidato. Essa turma deveria sair dos gabinetes e enfrentar o povo na rua, mas eles têm vergonha de fazer isso porque não são bem-aceitos”, afirmou Ibaneis, durante compromisso em Ceilândia.

O bom desempenho do candidato do MDB também respingou nas campanhas dos concorrentes. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Eliana Pedrosa declarou que a ascensão repentina do emedebista não a intimida. “Quando coloquei o meu nome, estava disposta a enfrentar quaisquer que fossem os candidatos. Quem não tem essa coragem, é melhor ficar em casa”, disparou a ex-distrital durante visita a Brazlândia.

Também com pontuação que garante a competitividade na corrida ao Buriti, Alberto Fraga visitou o Recanto das Emas, onde comentou o empate técnico dos candidatos na busca pelo segundo turno. “Resultado de pesquisa não me assusta. Tenho andado por todos os cantos do DF, e o melhor resultado de pesquisa é a recepção das pessoas nas ruas”, disse, durante encontro na Feira da 500.

A turma que minimiza os números

Mesmo com queda dos percentuais de voto e o aumento da rejeição, Rodrigo Rollemberg afirmou acreditar que chegará ao segundo turno, embora as sondagens o mostrem sendo ultrapassado por rivais. No Datafolha, por exemplo, ele aparece pela primeira vez na quarta colocação, atrás de Eliana Pedrosa, Alberto Fraga e Ibaneis Rocha.

“Percebemos um nível de indefinição e equilíbrio muito grande entre vários candidatos. Tenho muita convicção de que vamos estar no segundo turno e vamos vencer estas eleições”, disse Rollemberg, em agenda de campanha na Rodoviária do Plano Piloto.

Também entre os nomes que orbitam nas primeiras colocações, Rogério Rosso minimizou os resultados da pesquisa de intenção de voto. Ao ser ultrapassado por rivais, o deputado federal preferiu acreditar no sentimento que tem no corpo a corpo, diretamente com os eleitores.

“Eu só confio, com todo respeito aos institutos, na minha própria pesquisa. Ela é feita pelo contato com as pessoas na rua. Então, pesquisa, para mim, hoje, é igual a nada. Tenho convicção de que vamos para o segundo turno e venceremos as eleições. Posso afirmar que a população vai se surpreender no dia 7 [de outubro] com os resultados”, declarou o pessedista.

Os menos mencionados

A professora Fátima Sousa (PSol) almoçou com apoiadores e participou de entrevista para um jornal da capital. Durante a tarde, a candidata conversou com a comunidade da 209/210 Norte e encerrou o dia em panfletagem em uma universidade particular da Asa Norte.

Candidato do PT ao GDF, Júlio Miragaya reservou parte da agenda para conversar, junto dos demais postulantes da sigla, com os rodoviários no Terminal do P Sul, em Ceilândia.

O empresário Alexandre Guerra (Novo) apresentou seu plano de governo aos filiados da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco).

O nome do PCO na disputa, Renan Rosa, esteve com integrantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). Na ocasião, recebeu uma carta de reivindicações da categoria para colocar em prática, caso seja eleito em outubro. Ele está com a elegibilidade suspensa e aguarda julgamento de recurso pela Justiça Eleitoral.

Antônio Guillen (PSTU) e Paulo Chagas (PRP) não divulgaram a agenda dessa quinta-feira (20/9) à reportagem.

 

Filiação