Do Metrópoles
O candidato ao Governo do Distrito Federal pelo MDB, Ibaneis Rocha, acusou neste sábado (1º/9) o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de ter desmontado a Polícia Civil do DF para tentar impedir investigações contra a própria administração. A afirmação foi dada no seminário Eleições 2018 e o Movimento Sindical, promovido pelo Sindicato dos Servidores de Estabelecimentos de Saúde (SindSaúde), no Hotel San Marco.
“Ele não tem interesse algum que a PCDF seja fortalecida justamente porque não quer ninguém no pé dele, de olho no que tem sido feito”, atacou o emedebista. Para ele, a atual gestão é marcada por “incompetência” e “corrupção”. “A prova maior são as últimas operações que atingiram em cheio pessoas ligadas a ele, inclusive familiares”, disse em referência à operação (12:26), que investiga suposto tráfico de influência e advocacia administrativa na Casa Civil do DF.
Segundo o buritizável, a criação da Coordenação Especial de Combate a Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes Contra a Administração Pública e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Cecor), em janeiro de 2018, teria servido apenas para centralizar e controlar as investigações policiais. No entanto, no caso da última operação, disse o candidato, o atual gestor teria “perdido o controle da instituição”.
Descentralização de verbas
Ao ser questionado sobre a saúde pública do DF, Ibaneis voltou a defender a extinção do Instituto Hospital de Base (IHB) e a recriação da Fundação Hospitalar do DF. O emedebista afirmou que também aprovará a descentralização dos recursos das unidades hospitalares, para dar maior autonomia às direções regionais.
Segundo o advogado, a falta de medicamentos, de insumos e de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública deveria ser considerado crime. “Ele [Rollemberg] tinha de estar sendo acusado por homicídio doloso, tanto pela morte da Polícia Civil quanto dos hospitais”, atacou.
Perfil
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Ibaneis Rocha faz parte da coligação Pra Fazer a Diferença. Ele encabeça o grupo e tem como vice o presidente do Avante-DF, Paco Britto. A coalizão também conta com PP, PSL e PPL. O emedebista é o candidato com o maior patrimônio registrado entre os 11 postulantes ao GDF: R$ 93.720.602,57.