Do G1 DF

Faz três meses que policiais militares de Ceilândia e de Brazlândia, no Distrito Federal, não conseguem se comunicar por rádio por causa de uma falha na torre de comunicação. A estrutura está em manutenção sem prazo para ser finalizada.

Para contornar a situação, os militares que trabalham na rua foram orientados a repassar informações de ocorrências para os batalhões por meio de mensagens de celular.

O informativo, distribuído nesta terça-feira (26), lista medidas para “otimizar a comunicação”. Os batalhões afetados são o 8º, o 10º e o 16º. Os dois primeiros são de Ceilândia; o último, de Brazlândia.

“Estamos usando os grupos no celular. O operador do 190 recebe e repassa”, explicou o major Michello Bueno, do Centro de Comunicação Social da PMDF. “Não temos data para o sistema retornar à normalidade.”

‘Inviável’

Um policial que preferiu não se identificar disse à reportagem que a falta de comunicação via rádio inviabiliza a realização de alguns procedimentos e torna mais lento o atendimento.

“A gente patrulha pela região e, às vezes, uma coisa que acontece ao lado passa despercebida por falta de comunicação. A gente não consegue pedir apoio. Não consegue nem saber pelo Centro de Operações se ali há ou não uma ocorrência.”

“Muitas vezes, nosso serviço básico é o rádio-patrulhamento.”

“Sem essa comunicação interna, é impossível prestar um bom serviço e saber o que está acontecendo perto de nós.”

Na Justiça

O contrato para a manutenção da torre de comunicação da PM na Asa Norte foi questionado pelo Tribunal de Contas do DF em janeiro. A corte afirmou que os serviços ofertados pela empresa “apresentam despesas administrativas e lucro em percentuais excessivos e incompatíveis com o mercado”.

A licitação para a contratação de uma nova empresa para a manutenção da torre está paralisada até que haja uma decisão definitiva do Judiciário.

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