Do Contexto Exato

Um balanço divulgado pela Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) apontou que nos últimos três anos, 972 pessoas morreram na capital por falta de leito público nas Unidades de Terapias Intensivas (UTI) da capital. De acordo com os órgãos, todos os pacientes tinham ganhado uma liminar na Justiça para que o governo disponibilizasse o leito, porém a medida não foi cumprida.

Atualmente, a rede pública de saúde conta com um total de 413 leitos de UTI, porém, pouco mais de 10% estão fechados por falta de equipes médicas, de acordo com o boletim da Secretaria de Saúde. Em um levantamento feito pela Destak, na última sexta-feira (6), o sistema contava apenas com pouco mais de 50 leitos disponíveis.

Para tentar agilizar o processo de reabertura e crianças de leitos, a DPU e a DPDF abriu uma ação civil pública (ACP) com pedido de tutela provisória de urgência a fim de que a União e o GDF reabram leitos de UTI atualmente fechados. No documento, os órgãos pediram ainda, a criação de 109 leitos em até um ano.

Relacionado

DF tem um pediatra disponível para cada 871 crianças na rede pública

Maternidade particular pede doação de leite materno

Sem cateter, bebês correm risco de vida em UTIs públicas do DF

“Mesmo com decisões judiciais quase mil pessoas morreram nos últimos anos por falta de vaga na rede pública. Esse número diz respeito apenas aos necessitados assistidos juridicamente pela Defensoria. O total de óbitos pode ser muito maior”, alertou o defensor regional de direitos humanos no Distrito Federal, Alexandre Mendes Lima de Oliveira.

As Defensorias deram o prazo de 10 dias para a reabertura dos leitos 68 leitos de UTI bloqueados na rede pública de saúde, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.Além disso, solicitou a reabertura de 67 leitos de UTI fechados pela rede pública de saúde entre 2013 e 2017, no prazo de 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

O que diz o GDF

Em entrevista recente ao Destak, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou que a saúde ainda passa por uma situação crítica e que é prioridade na sua gestão. Alegou que a transformação do Hospital de Base em Instituto agilizou a reabertura de leitos de UTI e que isso poderá se estender para outros hospitais do DF.

Além disso, o governador afirmou que a inauguração do segundo bloco do Hospital da Criança iria abrir mais de 200 leitos infantis na rede pública. A unidade foi inaugurada na semana passada, porém sói estará disponível para a população no mês de outubro.

 

Filiação