A reunião desta segunda, 12, entre dirigentes do Sinpol-DF e chefes das seções de investigação deliberou, por unanimidade, que um manifesto contrário à criação de Núcleos de Investigação nas unidades da PCDF seja elaborado e que o sindicato colete as assinaturas dos chefes das seções de investigação nas unidades.
A proposta que pretende regulamentar esses núcleos foi apresentada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo-DF) à Delegacia-Geral da PCDF (DGPC) ainda em 2015. No entanto, a entidade não obteve êxito com o requerimento.
Agora, com a reestruturação da diretoria do Sindepo-DF, um novo ofício (nº 010/2022) foi enviado pela entidade ao Delegado-Geral da PCDF, Robson Cândido, solicitando a retomada do projeto.
O documento enviado à DGPC estabelece que a criação dos núcleos de investigação será o primeiro passo para que, posteriormente, os delegados possam pleitear a criação da gratificação de coordenação, ou de outra natureza, aos delegados titulares das equipes.
No entendimento dos chefes das seções de investigação, a proposta é amplamente prejudicial, uma vez que muda a estrutura organizacional da corporação e conflita juridicamente com as chefias das seções já existentes, o que poderá acarretar na perda de direitos e até mesmo dos cargos de chefias de investigação dos policiais civis.
O grupo também frisou a importância de que o delegado-geral Robson Cândido mantenha o compromisso que assumiu com as carreiras policiais civis, ainda no início do seu mandato, reafirmando seu posicionamento contrário à criação dos Núcleos de Investigação.
“Assim como os delegados têm se unido para viabilizar a criação dos núcleos, temos que nos unir para mostrar a nossa insatisfação quanto ao requerimento desse pleito”, destacou Enoque Venâncio, presidente do Sinpol-DF.
ATRIBUIÇÕES
Durante a reunião, também ficou decidido que o manifesto solicitará ao delegado-geral que as atribuições de cada cargo dentro da corporação sejam definidas, uma vez que há relatos de desvio de função dentro das unidades.
É importante ressaltar que, ainda em 2015, um Grupo de Trabalho (GT) foi constituído por integrantes do Sinpol-DF e representantes dos cargos policiais civis para discutir e elaborar a atualização das atribuições dos cargos que compõem a PCDF, mas o projeto ficou travado na Delegacia-Geral, sem resposta.
Frisa-se, ainda, que o sindicato solicitou a participação no GT que tratou das atribuições dos peritos criminais e papiloscopistas policiais. Contudo, o pedido foi negado pela DGPC.
Também foi solicitada a inclusão dos dirigentes sindicais na construção do novo Regimento Interno, mas, até o momento, não houve resposta formal.