Diretoria se reuniu com policiais civis da unidade para entender a criação da OS | Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após ter conhecimento da Ordem de Serviço (OS) Nº 50/22, elaborada pelo delegado-chefe da 26ª Delegacia de Polícia (DP), Rodrigo Larizzatti, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), representado pelo presidente Alex Galvão e pelo diretor Diego Vaz, foi à unidade se reunir com o gestor e os chefes de seção para entender a demanda.

Durante a reunião, que ocorreu na sexta, 27, os diretores do sindicato foram informados que a OS 50/22 não cria uma nova estrutura na Polícia Civil do DF (PCDF), ela apenas estabelece uma vinculação técnica e jurídica entre os delegados cartorários, escrivães de polícia e as seções de investigação.

Na explicação do delegado Rodrigo Larizzatti, “não se trata de vinculação administrativa, pois essa não foi alterada, uma vez que os agentes de polícia continuarão chefiando as seções de investigação”, afirmou.

O questionamento da diretoria do sindicato, acerca da criação dos Gabinetes de Investigação na 26ª DP, é no sentido de que a necessidade de maior efetividade nas investigações não pode desvirtuar e alterar as competências desenvolvidas atualmente pelos chefes de seção, estabelecendo os núcleos de investigação, retirando as chefias dos agentes de polícia.

A mencionada OS 50/22 foi recebida pela Corregedoria da PCDF, porém, após avaliação do próprio departamento, os efeitos do documento encontram-se suspensos.

É importante ressaltar que o delegado-geral Robson Cândido, em reunião realizada com os chefes de seção ainda no início do seu mandato, teve posicionamento contrário à criação de Núcleos de Investigação nas delegacias.

O Sinpol-DF esclareceu aos servidores da 26ª DP que a Delegacia-Geral da PCDF está prestes a anunciar o novo Regimento Interno, que será levado para aprovação do Conselho Superior de Polícia, composto pelo delegado-geral, Robson Cândido, e pelos dirigentes dos departamentos, sem a participação de outros cargos.

Quando aprovado, o Regimento Interno determinará as novas atribuições dos cargos e das estruturas organizacionais da corporação.

Recentemente, o sindicato solicitou a participação no Grupo de Trabalho (GT) que tratou das atribuições dos peritos criminais e papiloscopistas policiais. Contudo, o pedido foi negado pela Delegacia-Geral. Também foi solicitado a inclusão dos dirigentes sindicais na construção do novo Regimento Interno, mas, até o momento, não obteve resposta formal.

Ainda em 2015, um Grupo de Trabalho (GT) foi constituído por integrantes do Sinpol-DF e representantes dos cargos policiais civis para discutir e elaborar a atualização das atribuições dos cargos que compõem a corporação. O projeto de modernização, entretanto, ficou emperrado na Delegacia-Geral e não houve solução até hoje.

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