Policiais civis do DF mantêm paralisação do Serviço Voluntário Gratificado

Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) na tarde da última quarta, 16, realizada em frente ao Complexo da Polícia Civil do DF (PCDF), os policiais civis decidiram manter a paralisação do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) na corporação durante o mês de março.

A categoria também deliberou pela manutenção da Operação “PCDF Legal”, decisão que havia sido deliberada no início deste mês. Juntas, ambas as medidas tendem a prejudicar o atendimento nas delegacias e o andamento das investigações.

Os policiais civis também farão, na próxima semana, uma manifestação em frente ao Ministério da Justiça. O ato tem como objetivo assegurar que os governos Distrital e Federal encaminhem uma proposta que garanta a paridade salarial com os policiais federais.

“Precisamos permanecer unidos. Avançamos em algumas demandas pendentes, mas temos na isonomia salarial o nosso maior pleito. Precisamos que ocorra, agora, o encaminhamento do governo pela paridade da categoria com a Polícia Federal. E, na semana que vem, mostraremos insatisfação pela falta de acordo”, afirmou Alex Galvão, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).

Também é aguardada pelos policiais civis a regulamentação da assistência à saúde da PCDF. Como não houve uma definição pelo Governo do Distrito Federal (GDF), a categoria manterá as ações pela reivindicação desse pleito.

“Junto à questão salarial, a assistência à saúde é um dos pleitos que almejamos. Somos a única categoria das Forças de Segurança do DF que não dispõe de um plano de saúde integral. A pandemia deixou ainda mais clara a necessidade de cuidar da saúde dos policiais civis”, explicou Galvão.

AÇÕES

Na prática, a paralisação dos serviços na PCDF significa que, além de o atendimento nas delegacias ser prejudicado (uma vez que é o SVG que as mantêm funcionando por 24 horas), durante a operação “PCDF Legal”, os servidores não desenvolverão nenhuma atividade que fuja às atribuições de cada cargo.

Os servidores deverão adotar, ainda, uma conduta que assegure a segurança pessoal e da equipe durante o trabalho (só executar ações de diligência, prisões e apreensões caso seja observado o número mínimo de policiais civis que a atividade exige).

“Essas são ações que visam expor aos cidadãos de Brasília a real situação da PCDF. Os policiais civis estão trabalhando em sobrecarga e mantendo índices altos de resolução de crimes. Entretanto, o governo não demonstra reconhecimento e valorização por esse esforço”, explica Alex Galvão, presidente do Sinpol-DF.

REPRESENTANTES ELEITOS

Ainda durante a assembleia, a categoria votou pela escolha dos representantes sindicais dos aposentados. Os policiais civis veteranos Jorge Luiz e Jocevaldo Gomes foram eleitos, respectivamente, titular e adjunto. A partir desta data, ambos integram ao grupo de representantes sindicais nas bases e participarão, ativamente, das discussões da categoria junto à diretoria do Sinpol-DF.