Cerca de 40 pessoas – a maioria delas policiais civis – receberam na tarde de sexta, 26, a Medalha Sinpol de Mérito Policial Civil, em uma sessão solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
A cerimônia celebrou os 33 anos de fundação do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF). Confira galeria de fotos acima!
A medalha é uma condecoração inédita na história do Sinpol-DF e foi criada pela atual gestão para homenagear policiais civis, personalidades e figuras públicas pelo desempenho na função policial e pelo comprometimento com a Segurança Pública.
Nesta primeira edição, foram escolhidos um grupo de policiais civis que se destacaram no desempenho das funções nos últimos anos e a equipe que desvendou o Caso Letícia Curado, da 31ª DP (Planaltina).
O agente de polícia Renato de Oliveira Souza, que morreu durante o trabalho em uma operação da Força Nacional, recebeu uma homenagem póstuma.
A mesma honraria foi concedida ao ex-governador Joaquim Roriz, morto em 2018, aos 82 anos. Na solenidade, ele foi representado pela viúva, Weslian Roriz, que estava acompanhada por duas filhas, Wesliane e Jaqueline,e pelo neto Joaquim Roriz Neto, acompanhado pela esposa, Clara Roriz. Veja no vídeo abaixo mais sobre a cerimônia!
RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO
Mais uma vez, os discursos na solenidade reivindicaram reconhecimento e valorização ao trabalho da categoria.
Presidindo a sessão, o deputado Claudio Abrantes (PDT) cumprimentou o Sinpol-DF pelos serviços em defesa da categoria policial civil. “É um sindicato de luta, marcado na história por ações inteligentes e capazes, que, de forma contundente, ajudou a transformar nossa categoria numa das mais reconhecidas do País”, afirmou Abrantes, que é agente de polícia da PCDF.
O parlamentar salientou a atuação da PCDF “não apenas ao longo de sua história honrosa, mas sobretudo nos últimos tempos, quando a Polícia Civil, mesmo com baixo efetivo e defasagem salarial absurda, bate recordes na apuração de crimes e tem índices de aproveitamento de solução de homicídios superiores a qualquer polícia do país”, pontuou, ao reiterar que “a PCDF precisa ser valorizada e reconhecida”.
No cenário de celebração, o distrital destacou a importância dos policiais em atuação – no que definiu como “a essência da instituição” – e seus defensores. Nesse sentido, ele fez um reconhecimento especial ao ex-governador Joaquim Roriz (1936-2018), “uma das personalidades políticas que mais lutou pela Polícia Civil”, e agradeceu a presença de seus familiares na solenidade.
A viúva do ex-governador, Weslian Roriz, relembrou o “carinho” de Roriz pela corporação. “Não poderia deixar de vir receber essa homenagem em nome do meu marido, que tanto fez e gostava da PCDF. Ele teve, a vida inteira, muito carinho pela instituição – sentimento que se refletiu em toda a nossa família”, discursou, visivelmente emocionada.
Liliane Roriz, outra filha do ex-governador, não compareceu à solenidade, mas enviou uma mensagem em agradecimento pela homenagem.
PLEITOS
Ao relatar as lutas pela categoria no Congresso Nacional, os deputados Luis Miranda (DEM-DF) e Celina Leão (PP-DF) destacaram a derrubada do veto à assistência à saúde dos policiais civis e a luta pela recomposição salarial.
“Temos que construir uma solução definitiva [para a recomposição salarial], pois não podemos ficar sempre dependendo da Câmara Federal para tratar dos assuntos da PCDF. Só nós temos essa dificuldade em conceder o que é justo aos policiais civis daqui. Enquanto isso não acontece, contem conosco para derrubar esse veto [à assistência à saúde] e, pelo menos, dar um pouco de dignidade a vocês no meio de uma pandemia, por meio de um plano de saúde”, afirmou a parlamentar.
Miranda, por sua vez, descreveu as dificuldades para conquistar avanços dentro das reformas recentes estabelecidas pelo governo, além dos 8% de reajuste em 2020.
“Vou continuar lutando hoje e sempre pela PCDF. Vamos lutar para que ela seja ainda melhor do que quando eu cheguei ao parlamento”, assegurou o deputado.
A senadora Leila Barros (Cidadania), embora convidada, não pôde comparecer, mas enviou mensagem parabenizando o sindicato.
UNIÃO DA CATEGORIA
Ainda nesse contexto de reconhecimento e valorização, o presidente do Sinpol-DF, Alex Galvão, lembrou os mais de 60 policiais que faleceram no último ano, muitos deles em decorrência da Covid-19.
Segundo Galvão, embora haja defasagem de 55% no quadro de pessoal, a PCDF detém o maior índice de solução de homicídios no país, com 92%. Como resultado da sobrecarga de trabalho, os policiais adoecem cada dia mais, descreveu, ao elencar ansiedade, insônia e depressão como os problemas de saúde mais comuns entre a categoria.
O dirigente sindical voltou a reivindicar a recomposição salarial para a categoria – nos moldes prometidos pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), quando da campanha eleitoral – em virtude da “missão gigante” dos policiais civis.
Ao finalizar o discurso, Galvão conclamou a categoria a se unir. “Mais do que tudo, precisamos de união. Todo esforço envolvido nessa luta sindical não será em vão”, sentenciou.