A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) visitou nesta quinta, 21, as duas delegacias do Gama (14ª e 20ª DPs). O intuito, além de reforçar o diálogo com a base, foi apresentar um panorama do trabalho no primeiro ano de gestão.
Dois tópicos se destacaram nas discussões: a recomposição salarial e a derrubada do veto presidencial ao artigo da Lei 1014 que cria uma política de assistência à saúde para os policiais civis do DF.
No caso do primeiro ponto, o presidente do Sinpol-DF, Alex Galvão, informou que a diretoria está em interlocução direta com o Governo do Distrito Federal (GDF). O Sinpol-DF aguarda, inclusive, uma resposta do gabinete do governador Ibaneis Rocha (MDB) sobre uma reunião para tratar do assunto.
Galvão destacou, contudo, que as discussões devem mirar o próximo ano, uma vez que a Lei Complementar (LC) 173/21 veta qualquer vantagem financeira aos servidores públicos até o fim deste ano.
“Já estivemos com os secretários de Segurança Pública e de Economia, quando cobramos uma posição do governo sobre a recomposição salarial. Agora, além da proximidade do fim das restrições impostas pela LC 173, temos o anúncio da terceira parcela do reajuste dos servidores das demais carreiras para o ano que vem. Sem dúvida, este é o momento para resolvermos nosso pleito”, explicou o presidente do Sinpol-DF.
Ele frisou, contudo, que a categoria terá um papel imprescindível na conquista da recomposição – e a união será fundamental. “Por isso, estamos fazendo visitas às delegacias. Queremos não só apresentar o que estamos fazendo, mas ouvir sugestões, discutir estratégias e, principalmente, reiterar que o sindicato é a categoria e não apenas a diretoria”, decretou Galvão.
“Teremos, enquanto categoria, de ter maturidade para discutir e encontrar as ferramentas de pressão”, completou o presidente do Sinpol-DF.
Além dele, acompanharam as duas visitas o vice-presidente do Sinpol-DF, Enoque Venâncio, e os diretores José Carlos Saraiva, Sueli de Barros, Márcia Pimentel, Célia Delmondes e Vanderlei Malta.
GANHOS INDIRETOS
Ainda que o ano tenha sido difícil para ganhos financeiros, Galvão ressaltou que a diretoria alcançou uma série de conquistas voltadas a aliviar o bolso dos policiais civis: o pagamento das pecúnias aos aposentados, a implantação do GDF Saúde – que só saiu do papel por causa da intervenção direta do sindicato –, o aumento no auxílio-alimentação, já anunciado para o ano que vem e a implantação da assistência à saúde.
Neste último caso, a diretoria aguarda o agendamento da sessão do Congresso Nacional para votar a derrubada do Veto 27. Até lá, os diretores continuam visitando deputados e senadores em busca de apoio à votação.
“Estamos trabalhando duramente para derrubar o veto. Temos feito uma peregrinação constante nos gabinetes. Esse será, sem dúvida, um ganho indireto e o cumprimento de um anseio que já dura anos, sobretudo porque outras forças de Segurança Pública já possuem um plano de saúde e é justo que tenhamos o nosso”, ponderou Galvão.
Os diretores falaram, ainda, sobre os serviços oferecidos pelo sindicato – e a ampliação deles durante o primeiro ano de gestão –, além da administração financeira da unidade.
Também se discutiu sobre as condições de trabalho, principalmente diante da alta defasagem no efetivo. O presidente do Sinpol-DF reforçou que a diretoria está à disposição da categoria para intervir diretamente, mas que precisa ser notificada.
Os diretores reforçaram, ainda, que as visitas continuarão pelas próximas semanas em mais unidades da Polícia Civil do DF.