Alex Galvão explicou sobre as consequências drásticas que a Reforma Administrativa terá sobre o serviço público | Fotos: Comunicação Sinpol-DF

“O movimento sindical é essencial neste momento em que o serviço público está sob ameaça de uma reforma que causará prejuízos sem precedentes à sociedade”. Foi com essa afirmação que Alex Galvão, presidente do Sinpol-DF, abriu sua participação na mesa-redonda “Os órgãos de polícia, fiscalização e controle e a PEC 32”, realizada na tarde desta sexta, 13, na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

Ao discorrer sobre o assunto, o dirigente sindical apontou os impactos negativos que a Reforma Administrativa (proposta pela PEC 32) causará nas polícias de regime não-militar. Segundo Galvão, no caso das polícias civis, há uma ameaça gravíssima à autonomia dessas instituições.

“Quando falamos de estabilidade do serviço público, não estamos tratando de benefícios ao servidor, mas sobre um dispositivo que crie segurança para que não haja corrupção. Com a livre nomeação de cargos para o serviço público, quem garantirá que este não atuará por interesses de quem o indicou? Que tipo de credibilidade terá o trabalho investigativo das polícias com essa reforma?” indagou.

Ainda de acordo com o presidente do sindicato, toda a sociedade deve se engajar na luta contra essa PEC, uma vez que as consequências se alastrarão por todo o serviço público caso ela seja aprovada pelo Congresso Nacional – e os danos serão irreparáveis.

Debate foi mediado pelo diretor jurídico da Fenapef, Flávio Werneck

“Esta falsa modernização do serviço público não traz benefício algum aos servidores e à população. O nosso papel, enquanto representantes de uma categoria, é lutar contra esta reforma que pretende acabar com a estabilidade, credibilidade e eficiência do serviço público aos brasileiros”, explicou Galvão.

“Ao contrário do que defendem os apoiadores, esta PEC, na verdade, precariza o nosso trabalho. E nós, servidores, temos que lutar contra este desmonte do serviço público pelos que estão hoje e pelos que virão, assim como pelo bom funcionamento dos serviços prestados e que são essenciais para o bem da sociedade”, completou.

O presidente do Sinpol-DF dividiu o debate com Flávio Werneck, diretor jurídico da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que mediou a mesa-redonda, Nivaldo Dias, presidente Associação da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e Bráulio Cerqueira, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle.

O seminário “Os impactos da Reforma Administrativa na população do DF” foi organizado pela Frente Parlamentar Servir Brasil e pela Frente Distrital em Defesa do Serviço Público. Também estiveram entre os convidados parlamentares, dirigentes sindicais de todos os setores do serviço público e especialistas sobre o tema.

Confira a íntegra da fala do presidente do Sinpol-DF:

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