Servidores da Segurança Pública de vários estados uniram forças na tarde da última quarta, 23, durante uma carreata na área central de Brasília para demonstrar indignação contra a Reforma Administrativa, instituída pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20.
Cerca de mais de 500 veículos participaram da mobilização convocada pela União dos Policiais do Brasil (UPB) para protestar em defesa do serviço público. Além das forças de segurança que compõem a UPB, demais servidores de todos os serviços públicos do país também se uniram à manifestação.
Em março deste ano, a UPB realizou uma ação semelhante em defesa dos direitos dos servidores da Segurança Pública. Neste novo ato, a insatisfação dos servidores contra a PEC 32 – uma vez que ela atinge a todos – ficou nítida, não só apenas pela quantidade de manifestantes na carreata, mas pelo barulho do buzinaço que ecoou durante o percurso que fizeram desde a saída do Estádio Nacional Mané Garrincha até a Esplanada dos Ministérios, onde deram continuidade ao protesto.
“Não podemos mais permitir investidas do governo federal com o objetivo de precarizar o serviço público. Esta mobilização é para exibir, claramente, o descontentamento de todos os servidores contra a Reforma Administrativa. Não estamos, aqui, por nenhuma bandeira. Esta manifestação é pela valorização do serviço público”, explicou Alex Galvão, presidente do Sinpol-DF.
Confira no vídeo abaixo como foi a carreata:
PLEITO
Em primeiro momento, que antecedeu a carreata, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Alex Galvão tratou com a categoria sobre a assistência à saúde dos policiais civis e pediu, ainda, apoio de todos para que este pleito seja mais uma conquista alcançada neste ano.
“A nossa luta é que vai determinar a nossa vontade em conseguir os nossos pleitos. Por isso, hoje, precisamos do apoio da categoria e que todos fiquem atentos às convocações que o seu sindicato faz. Seja por uma manifestação presencial ou pelas redes sociais. A nossa assistência à saúde é uma urgência e vamos lutar por ela”, destacou Galvão.
O artigo que trata sobre a possibilidade da criação da assistência à saúde dos policiais civis do DF, vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) durante a sanção do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 06/21, poderá ser derrubado em votação, nas próximas semanas, no Congresso Nacional.
APOIO
Durante a concentração em frente à Esplanada dos Ministérios, Alex Galvão concedeu a palavra ao deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF) para que ele pudesse expressar o seu posicionamento sobre a Reforma Administrativa. Também contrário à PEC 32, o deputado demonstrou apoio à causa dos servidores públicos.
“Esta luta é muito séria, não é uma luta ideológica. Qualquer pessoa que queira um Brasil moderno, um país eficiente, tem que combater esta PEC. Não interessa o seu posicionamento político. A Reforma Administrativa desprofissionaliza o serviço público brasileiro”, afirmou o parlamentar. “Lá dentro do Congresso Nacional, vou fazer a minha parte para convencer os demais parlamentares a desaprovarem esta PEC”, completou.