O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) discorda completamente da exclusão da categoria do grupo prioritário para a vacinação contra a COVID-19. Desde que a questão veio à tona, a diretoria tem adotado uma série de medidas para pressionar a Secretaria de Saúde do DF a reconsiderar a medida (confira também o vídeo acima).
Ao tomar essa decisão absurda, o órgão desconsidera que os policiais civis e demais servidores da Segurança Pública não pararam por um minuto sequer durante toda a pandemia. Ao assegurar que este serviço essencial fosse mantido, esses trabalhadores expuseram-se ao risco em proporção muito maior aos demais cidadãos – o que torna a decisão cruel.
Particularmente no caso dos policiais civis, o atendimento nas delegacias, as prisões, operações e custódia de presos, por exemplo, exigem que eles estejam, constantemente, em contato direto com outras pessoas e em situações que não garantem o distanciamento social preconizado como medida de prevenção.
Isso implica que entre a categoria o índice de contaminação seja 3,5 vezes maior que o da população. Por essa razão, mais de 500 servidores já foram contaminados; dois deles morreram.
A medida da Secretaria de Saúde causa ainda mais perplexidade porque veio à tona apenas na última quarta, 13. A diretoria do Sinpol-DF vinha acompanhando a criação do plano em cada uma das etapas de elaboração, muito antes desse último planejamento divulgado. Em todas elas, os servidores da Segurança Pública estavam incluídos – de repente, foram retirados.
Além de denunciar o caso à imprensa (Metrópoles, Correio Braziliense e CBN já repercutiram o caso), o sindicato enviou ofício à Secretaria da Saúde reivindicando a manutenção dos policiais civis nos grupos prioritários para a vacina.
Os diretores da entidade também vêm contatando os deputados distritais que integram a Comissão de Vacinação contra a COVID-19 da Câmara Legislativa do DF (CLDF) – e também enviaram ofício ao grupo – para pressionar o governo distrital a reconsiderar a mudança no plano de vacinação.
Se essas medidas político-administrativas não forem suficientes para corrigir esse grave erro, o Sinpol-DF tomará todas as medidas judiciais cabíveis.